terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Escondidinho é mais gostoso (e doloroso)

Amigo, eu tô aqui pro teu bem porque ela não é pro teu bico. Ela não te quer, entenda. Não te entendo, mas tento. É burrice, mas aceito. Não te faz bem, mas você gosta. Meu conselho não é nada. No entanto, o amor é cego e conselho se fosse bom, não se dava, vendia. Ah, quem avisa amigo é. Eu tô aqui pra tentar abrir teu olho, pra dizer: eu te avisei.

Seu masoquismo combina com o sadismo dela e só. Ela é a safada que paga de santa e você o santo que paga de safado. Você é a distração, falta de opção, é o que temos pra hoje à noite. Enquanto isso, ela é tudo o que você enxerga e o que te cega. Você é quem tem saco pra ficar do lado dela quando ninguém mais aguenta aquele cinismo todo. É quem defende até quando ela quer ser atacada. Você aceita todos os termos e condições, com as cláusulas mais sujas, só para tê-la ao lado.

Ao lado da cama. Noite sim, noite não. Entrando pela janela, de madrugada, para ninguém desconfiar. Saindo cedinho, antes de todo mundo acordar. Vou te jogar a real, ela acha até excitante te pegar pelos cantos escondidinho, só que essa palhaçada toda só tem uma explicação: ela não gosta de você.

Você diz que é amor. E acredita, com todas as suas forças, é recíproco. Se toca, de você, ela só sente é vergonha. Talvez um pouco de pena. Apego também. Cai na real, cai em si mesmo, mas cai de boca, do mesmo jeito que você faz com ela. Quando diz que te ama, ela mente. Todas  as promessas que ela faz, não têm a menor pretensão de cumprir.

E a janela continua aberta, pra ela, à procura do amor da vida dela. Ele não é você.

Procura um psicólogo, manda ela procurar um também, eu sei que ela é viciada nessas coisas. Depois, procura uma namorada. Uma de verdade. Uma que seja sua, e só sua. Uma que valha a pena você ser dela e só dela. Amigo, pensa. Pensa bem. É só isso que eu quero, o teu bem.

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