terça-feira, 28 de julho de 2015

Carta ao leitor amigo

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Caro leitor,

Essa é para você. Que a carapuça lhe sirva, ou não. Você não é meu melhor amigo. Sabe, não acredito isso. Ninguém é melhor ou pior. Cada pessoa que entra na sua vida, veio para contribuir de alguma forma diferente. Algumas duram muito tempo sem significar tanta coisa, outras só precisam de um piscar de olhos para mudar sua existência. Não sei em que categoria você se encaixa, nem procuro isso. Mas você está me lendo, e isso já te dá uma importância absurda.

Você foi escolhido por uma questão de justiça e prática. Afinal, cartas são feitas para serem lidas. É engraçado conviver com uma pessoa por tanto temo e só conhecê-la mais de meia década depois. Embora ainda  nem tenhamos tantas histórias juntos para contar, você já sabe boa parte das minhas e vice-versa. Tem noção de quantas horas conversávamos diariamente?

Eu sou seu mal caminho. Sua vida é um trem expresso para o sucesso. A minha viaja num trilho cheio de curvas, sem destino. Você me ajuda a não descarrilar. Fui a segunda melhor professora das melhores coisas inúteis, enquanto você tentava me ensinar coisas úteis que me levaria a algum lugar. Te agradeço pelo apoio, peço perdão pelo meu desperdício.

Guardo para mim a minha opinião sobre alguns de seus outros amigos. Portanto, não direi a verdade, só a verdade, somente a verdade. Algumas coisas a gente não precisa ouvir. Mas eu, euzinha, não sou como eles. Não quero te sugar. Não sou uma parasita. Que nota você dá pra mim por não notar tanto assim suas notas?

Falo por códigos só para enganar a mim mesma. Sei que você já entendeu o início, o meio, e provavelmente já sabe até como será o fim das minhas histórias. Sabe nomes, telefones, endereços e os documentos. Você se faz de idiota só para me deixar mais confortável. Continue assim. Inclusive, faça de conta que nem escrevi nada para você por aqui.

Amigo, não parece que vamos ter muito tempo até ganharmos o mundo. Temos que viver nossas próprias histórias. Coisas que vamos contar para os filhos que não pretendemos ter. Ou melhor, coisas que não contaríamos nem para a nossa sombra. Temos um quarto de ano para não pôr nenhum plano em prática. Vamos praticar a juventude? Juntos.

Fica, se puder. Vai, se a vida te levar. Lembra, se eu for tão inesquecível quanto você.

Saudações,
Sua amiga escritora.

Esse post faz parte da blogagem coletiva do grupo ROTAROOTS - Blogueiros de Raíz. 
O tema do mês foi Carta prx(s) melhor(es) amigx(s), clique aqui para ler mais.







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