quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2015: 15 coisas boas (e o que vem junto)



Sempre gostei muito de retrospectivas. Adoro lembrar o que eu fiz num determinado período de tempo porque eu consigo ver que nada foi em vão e todas aquelas pequenas ou grandes coisas fizeram o que eu sou hoje. E além de tudo, é bem divertido.

Vi essa tag no DDQ e decidi fazer logo de cara. Num ano tão difícil pra quase todo mundo, que tal lembrar das coisas boas? Tudo tem um lado bom e num momento com tanta negatividade quanto o que estamos vivendo, isso é super importante. 

No entanto, paradoxalmente, falar das coisas boas me lembraram das coisas ruins. E sabe o que foi mais engraçado? Uma estava tão ligada a outra que eu acabei percebendo que muitas coisas boas não teriam acontecido sem as coisas ruins e vice-versa. A nossa vida é um yin-yang constante. E isso é bom.

Pelo jeito, não fui a única que cheguei a uma conclusão parecida. Pouco antes de publicar o post, li o texto da Suu e achei sua reflexão bem interessante. Ela resolveu falar 7 coisas boas, 7 coisas ruins e 1 lição. Falar das coisas ruins também tem sua utilidade pública. E, sem querer querendo, também falei disso.

Já é dia 31, então ainda dá tempo. Corre lá e vai fazer tua listinha, menina! Mas antes, não deixa de ler a minha, vem cá. Ah, deixa a sua nos comentários, quero ler também!



1 Voltei para Porto Seguro

Comecei o ano bem, comecei o ano na Bahia! Quando eu era pequena, passei dois carnavais consecutivos em Porto Seguro com a minha família e todos amaram. Morríamos de vontade de voltar, principalmente eu, que estava louca para aproveitar o lado bagaceira do local. E, para ser sincera, me decepcionei um pouco. Primeiro que eu não fiz nada do que eu queria por estar com os meus pais. Segundo, Porto há 10 anos atrás, antes do boom turístico, era bem mais interessante. De qualquer forma, nossa estadia foi incrível. Além da cidade, a região tem inúmeras atrações. Não poderia deixar de falar de Trancoso, me deixou sem ar. Mas não vou me alongar (ainda) mais porque vai ter post da viagem sim! Ok, perdoem pelo atraso de quase um ano.

2 Conheci Morro de São Paulo (Já quero voltar!)

Depois de voltar para um lugar muito bacana, eu tive a melhor surpresa de viagem em muito tempo. Ela chama-se: Morro de São Paulo. Quando estávamos montando o roteiro da viagem, sugeri ao meu pai que fizéssemos uma parada na volta em algum lugar novo. Ele que escolheu a ilha como nosso destino. Eu mesma, que pesquiso tudo antes de viajar, cheguei em Morro completamente no escuro. E não é que foi uma baita surpresa? Amei o lugar de todo o meu coração. Sério, recomendo a todo mundo. Meu sonho é um dia voltar lá com os amigos, ficar num hostel, fazer amizade com os gringos, ir em baladinhas nervosas... Adoro!

 

3 Fui aprovada na UFAL

Tá aí uma das coisas decisivas no meu ano. Para ser sincera, nem sei se foi uma coisa boa. Tecnicamente, ser aprovada sem nem ter terminado a escola na federal no curso que você quer parece maravilhoso. No entanto, isso teve consequências bem estranhas no meu ano. Por um lado, não tive a reação esperada da minha família, o que acabou me levando a atitudes bem ridículas. Foi um início de ano bem difícil. Por outro, se eu não tivesse dado uma de rebelde e dito fuck it all, talvez tivesse dado tudo errado. Eu faria ENEM super pressionada em passar e eu não passaria. Mas como eu passei o ano totalmente nem aí, acabei me saindo até muito bem no ENEM, mesmo que agora eu nem queira mais ir para a federal. Então quer saber, até que foi uma coisa boa sim. Só não inventa de seguir a minha lógica, não dá para contar com a sorte sempre.

4Fiz novos amigos

Quando eu digo que foi um início de ano difícil, eu não estou brincando. "Fala sério, você estava de boa viajando". É vero, mas foi só começar a escola para as coisas começarem a acontecer. Primeiro que dois dos meus melhores amigos repetiram, o que acabou nos separando bem no terceiro ano. Segundo, briguei com pessoas muito importantes na minha vida. E para acabar de completar, o colégio - quase falido, coitado - juntou todas as turmas do ensino médio. Detalhe, a minha antiga turma, a A, odiava a B. Até aí nenhuma novidade. Mas e se eu te contar que até que essas desgraças tiveram um lado bom, você acredita? Pois é, depois de meses de implicância mútua, acabamos descobrindo pessoas muito especiais do outro lado da ilha e acabamos ficando muito amigos. E isso não mudou só o meu ano, mas toda a minha forma de encarar as coisas. Afinal, ninguém é tão bom ou tão ruim quanto parece.
 

5 Passei 40 dias sem comer carne vermelha

Se eu disser a Alice de três anos atrás que ela fez o jejum da quaresma, ela vai rir da minha cara. Eu não imaginava como poderia viver sem carne até perceber que talvez aquilo não fizesse tão bem para mim, muito menos para o planeta. Por isso, resolvi pelo menos me desafiar a aproveitar a quaresma e passar 40 dias sem nenhuma carne vermelha. E quer saber, foi muito mais fácil do que eu pensava! Não fiz o jejum por nenhum motivo religioso nem nada, muito menos senti mudanças significativas no meu corpo, porém, completar esse desafio pessoal me deixou muito feliz. Foi como quando passei meses sem celular ano passado, sentir que você vive muito bem sem aquilo é ótimo. O prato da foto é uma batata suíça recheada de bacalhau, tomates e cebolas regados no azeite. A propósito, eu que fiz, haha.

6 Assisti filmes e series

Ok, confesso que não tanto quanto gostaria, mas qualquer coisa maior que zero já é lucro, né? Assisti três séries esse ano, Vizinhos, Pablo Escobar (tem resenha, viu?) e How I Met Your Mother (eu sou a Robin Scherbatsky). Descobri o MegafilmesHD nas férias e aproveitei para ver alguns filmes, falei até de alguns aqui no blog. É uma pena que o MegafilmesHD tenha acabado né? Mas não importa, ainda existe o Netflix para isso. Explicando a foto: essa sou euzinha no trote de carnaval da escola, fazendo cosplay de Elsa, haha. Eu devia ter falado da fantasia na época mas... Alice sempre atrasada.


Enruivei

Essa realmente foi uma grande mudança, daquelas que todo mundo vê. Virei ruiva! Finalmente, depois de anos querendo pintar o cabelo, eu joguei a tinta na cabeleira. Quero ser ruiva desde que vi a Ariel quando era pequena, depois, a Dulce Maria, e quando eu vi a Merida, que além de ruiva é cacheada, enlouqueci de vez até pintar. Recentemente a ruivice virou moda e como a minha veia hipster odeia seguir modinhas, fiquei um pouco com receio disso. Até o dia que eu taquei o famoso fuck it all e amei. Acabei ganhando mil apelidos. Merida, Ariel, Ruivinha, Black Widow, Jessica Rabbit... 

8 Fui ao Rock in Rio

Tem mais viagem no meu ano! Depois de uma conversa na beira da praia, meu pai decidiu que voltaria ao Rock in Rio depois de 30 anos. Sim, ele foi ao primeiro. E talvez por ouvir tanto as histórias dele, eu sempre quis ir ao festival, e, especialmente, ver o show do Queen. Ou melhor, eu queria estar lá em 85. O que, óbvio, é impossível. Até que vimos que o Queen (sem o Freddie </3) tocaria no Rock in Rio de novo. Não seria a mesma coisa, mas nós não podíamos perder. Apesar de qualquer contratempo, foi incrível, um sonho realizado. Também amei os shows do One Republic e do Rod Stewart. Minha mãe então... adorou. Quero voltar em 2017! E mais, quero carimbar meu passaporte em tudo quanto é de festival de música, simplesmente me apaixonei pela vibe da coisa.


9 Fui ao show da Katy Perry

Tenho vontade de ir num show da Katy desde que a conheci. Parecia ser muito divertido, mesmo que os lives dela não fossem grande coisa, hihi. Falei até num post por aqui sobre esse meu desejo. Queria ter ido para o Rock in Rio nos dias dela e da Rihanna, mas não ia rolar ficar tanto tempo no Rio. Até que surgiu a oportunidade de dar um pulinho em São Paulo justamente quando ela iria se apresentar. Aí não dava para deixar passar. Fui e cantei bem alto todas as músicas. Fomos só eu e meu pai, mas mesmo assim me diverti bastante.

10 Fui à Oktoberfest

Tem graça ir para a Oktoberfest com -18? Até que tem, viu. De tanto ouvir meu pai falar de cervejas e da Alemanha, sempre tive vontade de conhecer a festa. Sem falar que pensar e montar todo o figurino típico foi uma delícia, eu amo. Uma pena que eu tenho pouquíssimas fotos do momento e do look, imprevistos, sacomé. De qualquer forma, ser menor de idade te limita bastante então, se você quer ir para lá e é menor, é melhor esperar. A não ser que apareça a oportunidade, aí amiga, se monta, vai e tira muitas fotos.

11 Saí com os meus amigos

Não tanto quanto eu gostaria, mas para os meus padrões... Foi bom passar bons momentos ao lado de pessoas especiais. Fazer algumas loucurinhas também. Nada fora do normal, mas foram coisas que me renderam memórias que eu vou levar para o túmulo. Eu amo essas pessoas. <3

12 Deixei algumas coisas para trás

Iniciei o ano cheia de pendências comigo mesma e com as pessoas que me rodeavam. Nem tudo era culpa minha, é verdade, mas foi um tempo que eu carreguei negatividade everywhere. Toquei nas minhas feridas, reclamei, reclamei, esperneei, chorei.... Fala sério, não dá para agir com maturidade sempre, né? Muito menos quando se tem 16 anos. Até que, sei lá, eu meio que fui amadurecendo e percebi que certas guerras não mereciam ser lutadas, tem sapos que devem ser engolidos mesmo, coisas que a gente deve deixar para lá, um passado que a gente não precisa ficar lembrando o tempo inteiro. A ferida não sara se você não parar de tocar. Sua saúde mental/psicológica/espiritual agradece.

13 Me formei no colégio e me matriculei na faculdade

Depois de passar mais da metade da minha vida naquele lugar que me despertou tanto amor e ódio, eu me formei. Confesso que a cerimônia foi tão simplória que tive dó. Nunca fui do time que sonhou com formaturas mas esse momento merecia muito mais do que uma missa para uma turma em que a maioria nem católica é, e uma colação que ninguém levou a sério. Nem a oradora... Eu. Enfim, isso não vem ao caso. O que importa é que foi bom enquanto durou e agora eu já sou universitária. Sim, fiz o vestibular da UNIT para Jornalismo e para a minha surpresa, passei em primeiro lugar. Não é grande coisa, afinal, é particular, né. Porééém, eu estou muito feliz por ir para lá, principalmente depois de tanta confusão por causa de faculdade no início do ano. Já fiz minha matrícula e tudo. Ah, quando as coisas começam a dar certo...

 

14 Dei uma festa

"Grande coisa, dar uma festa, pff." Olha só, para mim foi, viu? Não que eu e a minha família nunca tenhamos dado festas antes mas essa foi especial. Foi uma verdadeira house party, a coisa mais americana que eu já fiz na vida. Era para só ser uma socialzinha dos amigos depois da colação aqui em casa mas acabou tomando proporções que ninguém imaginava. A minha humilde sala de casa chegou a ter mais de 40 pessoas. E teve tudo o que tinha direito. Sem mais detalhes, porque o que acontece na Blue Party, fica na Blue Party. Mas só para você ter ideia, passamos umas duas semanas falando disso. Ninguém saiu do mesmo jeito que entrou. E antes que perguntem, meus pais estavam sim em casa e levaram tudo numa boa. Foi um momento muito bom da minha vida, em todos os sentidos. Nunca vou esquecer.

15 Me senti viva

 Quando eu lia livros adolescentes, eu sempre me perguntei porque a minha vida não era daquele jeito. Cadê a emoção? Cadê as coisas acontecendo? Eis que eu me dou conta que a minha vida daria sim um ótimo livro. Ou melhor, a vida de todo mundo dá um livro. E se não dá, lamento, de verdade. No entanto, quem disse que é fácil ser a personagem do livro? Uma boa história tem altos e baixos, erros e acertos, e antes do "final feliz" tem muito sofrimento. A diferença é que na vida real não tem final. Ou talvez tenha, a morte. Então, o que importa é ter histórias para contar até lá. Talvez eu já tenha algumas. E um ano como esse - tão intenso, tão surpreendente, até difícil em muitos momentos,  com tantas crises (literalmente), alívios cômicos, cenas quentes, reviravoltas, e tantos clímax - só aumentou minha bagagem de vida. Me fez crescer. Me fez sentir em mim boa parte das emoções existentes no universo. Me fez sentir viva.

E que venha mais 2015 em formato de 2016 porque um só está pouco!

Um ano incrível para todos vocês! E tragam o Chandon, por favor! 

4 comentários:

  1. Parabéns! As vezes necessitamos deixar algumas coisas para trás para podermos aliviar nossa bagagem!

    blogilumiinar.blogspot.com.br

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  2. Oi, Alice! Trancoso é minha melhor lembrança de Porto Seguro <3 (fui em 97, olha só a minha idade heh)
    E parabéns pela aprovação, mesmo que tenha gerado certa polêmica. Foi uma conquista, sim. E quero saber do começo da faculdade de Jornalismo, hein? COnte tudo!
    Quanto à carne, deixei de comer no dia 30/08 (já comia bem pouco) e hoje sou ovo-lacto-vegetariana. Melhor decisão que tomei em 2015, com certeza.
    Pelo visto seu 2015 foi bem bom. O meu tbm. Bora lá fazer 2016 assim ou até melhor!
    Um beijo.

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    Respostas
    1. Trancoso é liiiiindo e super diferente. Não tem aquela atmosfera "do povão" que Porto Seguro tem - que eu também gosto -, é algo mais conceitual, sei lá, tem uma atmosfera diferente.
      Sim sim, contarei sobre a faculdade sim, e muito! Obrigada por me parabenizar, inclusive, hoje é um ótimo dia porque tive uma boa surpresa com a minha nota do enem.
      Não sei se consigo ser vegetariana por mais que um período de tempo... Hoje, como carne todos os dias, mas pouca. Mesmo assim, seria muito difícil parar porque sou apaixonada por carne e aqui em casa tem todos os dias. Quando eu morar sozinha, quem sabe...
      Meu 2015 foi ótimo, os erros foram aprendizados e os acertos foram acertos. 2016 vai ser melhor ainda! Beeeijão!

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