domingo, 28 de fevereiro de 2016

Não lê isso, por favor!

 
Sempre gostei de dar pitaco, trocar ideia, falar o que penso e a internet é maravilhosa para isso. Lembro que no início do blog fazia questão de divulgar em todas as minhas redes sociais e não tinha problema algum com isso. No entanto, nem sempre minhas opiniões eram bem aceitas - e hoje vejo que eu estava errada mesmo em alguns casos. Eu poderia receber mil críticas e não estaria nem aí. Se elas não viessem de casa.

Teve uma época bem conturbada na minha vida em relação a isso. Alice, não pode falar de religião. Alice, não pode falar de sexo. Alice, não pode falar palavrão. Aaaah, por favor. Parei de divulgar. Desde então passei épocas em que simplesmente parei de escrever, outras em que eu me podava e a mais recente fase de tacar o foda-se porque achava que ninguém mais lembrava disso aqui.

Escrevo porque gosto de salvar pensamentos por mais escrotos que sejam. Dá vergonha depois, eu sei, mas faço questão de não apagar nada porque só assim eu percebo o quanto eu cresci. Já estive errada antes e posso estar errada agora. Não nego que aprendi que é importante ter um filtro entre a cabeça e a boca os dedos, só não me venha com o seu cálice.

Não escrevo para os meus amigos, professores, meus primos ou meus pais. Escrevo para gente estranha e, principalmente, para mim mesma. É uma pena que a internet, esse mundo maravilhoso, não me permite escolher meus leitores. E feliz de mim que ainda tenho alguns.

Essa semana meu pai estava vendo um vídeo meu e rindo, o mesmo vídeo que outro dia minha antiga turma do colégio estava vendo. Fiquei mais com vergonha que com medo dele ver alguma coisa "errada". Mas pera aí, ele ainda lembra que eu tenho blog?

Eu juro que pensei em deletar tudo.

Click.

Cabou.

Só que é óbvio que não fiz isso. Se eu tivesse feito ninguém estaria lendo esse texto.

Lembrei então da minha professora da faculdade que estava nos incentivando a criar blogs, canais, enfim, a publicar nossa opinião e uma amostra do nosso futuro trabalho. Não faz sentido algum me esconder. É bom já ir sabendo que eu não vou estar na banca de revistas vendendo só para quem eu quiser ou sei lá, bloquear o canal de TV para um tipo de espectador. Ou tudo ou nada. Se tentar selecionar é inútil, escolho o tudo.

Por isso que mesmo não tendo fama alguma, entendo qualquer blogueira que já não é mais a mesma. Chega uma hora que a gente cansa e prefere se preservar. Seja de uma só pessoa ou de milhões.

De qualquer forma, é preciso coragem. Para dar a cara a tapa e apertar o publicar. Vai ter religião sim, vai ter sexo sim, vai ter feminismo, vai ter futilidade, vai ter a minha vida, vai ter política, e palavrão também, se eu achar relevante. Não vou tentar ser outra pessoa para agradar ninguém. Afinal, isso é um blog pessoal, não a bancada do Jornal Nacional.

Não dá para ser uma boa jornalista com vergonha e medo de tudo. É claro que na profissão nada é tão simples assim e existem milhares de fatores a levar em consideração ao publicar qualquer escrito. Mas aqui, só aqui, esse cantinho meu, eu vou falar quase tudo o que eu quiser.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Diário de Universitária: Primeiros dias de Jornalismo

 

Poderia definir minhas primeiras impressões sobre o curso em duas palavrinhas: é isso. É isso que eu quero ser quando crescer. É isso que quero para a minha vida. Essa sou eu. Eu pertenço a esse lugar. E talvez vocês não tenham ideia de como é bom se sentir assim.

O meu recente vício por séries me deu belas olheiras logo no primeiro dia de aula. Ótimo. É que dormi umas duas da manhã assistindo Breaking Bad e acordei às seis. Parecia que estava tudo certo, até me lembrar que ainda tinha que pegar um ônibus. Ah meu Zeus. Nem maquiagem passei. Dizem que a primeira impressão é a que fica, então é óbvio que queria parecer pelo menos bonitinha. Corri, mas não adiantou. Perdi o ônibus. Cheguei de cara limpa, ruiva e atrasada. A minha sorte foi perceber que isso não é lá tão incomum. Ufa.

Não estava nervosa nem nada. Eu já sabia o que esperar, pesquisei muito antes de decidir e estava bem segura. Além disso, dois amigos estudariam comigo, o que já dá uma ajudinha básica - só depois descobri que nem sempre é tão legal assim.

O primeiro dia foi bem tranquilo e normal, para falar a verdade. Na primeira aula, a turma de jornalismo e publicidade estavam juntas. Foi só apresentação mesmo, sobre os cursos, a faculdade, os professores e afins. Era o básico do básico, mas o suficiente para começar a respeitar e amar, ainda mais, a comunicação.


Já sabem quem sou eu, né? A ruiva estranha da fileira da frente. Isso foi no primeiro dia de aula, peguei a foto do instagram de um professor.
Fomos apresentados ao jornalismo em si só na segunda aula, quando as turmas foram separadas. Posso ser sincera? De início não me empolguei muito com a minha turma não. A primeira vista, não me identifiquei com ninguém. De qualquer forma, eu gosto desse clima. Do quase desconhecido. Salvo meus dois amigos, ninguém sabia nada sobre ninguém, e é incrível poder recomeçar quase do zero.

"Qual o seu nome? O que você está fazendo aqui? E qual área você quer seguir?"

Jornalismo está entre as minhas opções desde sempre. E mesmo tendo certeza quase absoluta de que eu estava no lugar certo, não sabia dizer em palavras bonitas o que estava fazendo ali. O meu alívio, ou não, é que aparentemente eu não era a única. Pior, tinha gente que não tinha a menor ideia do porquê estava naquela sala. Alguns nem ao menos usaram o clichê "gosto de ler e escrever". É meio malvado, eu sei, e espero que ninguém leia isso, mas eu já estava fazendo minhas apostas internas. Esse daqui vai se formar, esse não vai. E eu, será que eu vou? Não dá para ter certeza.

"Sou Alice, escolhi Jornalismo porque sempre gostei muito de ler, de escrever, de história, de internet, de viajar e sou muito curiosa. Quero trabalhar com revista ou web, porque o meu sonho de ser correspondente internacional é muito fora da minha realidade."

Será?
Céus, como estava feia. Peguei do instagram de outra professora.

Por outro lado, quanto mais os professores falavam, mais eu me apaixonava. A cada experiência trocada, a cada jargão, a cada dica e história de vida, meu olhos brilhavam.  São pessoas, acima de tudo, inspiradoras. O cara que entra no presídio em rebelião atrás de uma boa história, a maluquinha que nunca ficou desempregada, a que largou tudo para morar na China... Eu tentava não parecer tão boba, só não sei se consegui.

Gostei de todos eles, pelo menos a princípio. É muita ilusão minha achar que as coisas vão correr às mil maravilhas nesses quatro anos. Não serão, é claro. Isso já aconteceu comigo antes. O que tenho certeza, entretanto, é que não sou mais tão babaca quanto era no colégio. Acho que não vou mais me aborrecer por tanta bobagem.

No segundo dia, já escrevi meu primeiro texto. Coisa básica, uma notícia de 10 linhas sobre a aula de História da Mídia. Para a minha surpresa, me disseram que estava muito bom. E o pior é que eu estava louca para ver meus erros, quero melhorar de qualquer forma. Aparentemente, não os tive. Se isso é bom ou ruim? Não sei. Também já li meu primeiro livro da biblioteca: Jornalismo Diário, da Ana Estela de Souza Pinto. Quero devorar aquilo tudo.

Com o tempo, estou conhecendo melhor a minha turma. Algumas pessoas são bem interessantes até, estou gostando muito deles. O que mais gostei é que eles não tem frescura, são gente boa, simples e legais. Na verdade, parece que todo o pessoal de comunicação é assim. Own. <3


Fora da sala de aula, a faculdade também está se mostrando ainda mais agradável do que eu pensava. O ambiente é outro, sabe? É uma delícia sentar nas mesas com os não-tão-antigos amigos do colégio que estão lá no mesmo campus para bater um papo, ir à favela dos fundos rachar uma coca de 2l com a sua turma ou abrir um livro enquanto a aula não começa.

Também já tive problemas. E sim, já quase desisti pela primeira vez. Problemas em casa. Vou ser sincera, essa coisa da família pagar sua faculdade é bem chata. Eu me sinto uma devedora. Já eles se sentem cheios de direito sobre mim. Sobre o meu curso, o que visto, o que faço... Mas foi uma escolha que fiz. Engoli um sapo gigante essa semana para não desistir do curso e espero que tenha sido o último. O meu sonho é grande, já a minha paciência, nem tanto.

Já estou quase me acostumando. Tinha muitas dúvidas sobre a minha capacidade de ser jornalista, mas a faculdade está me dando mais confiança aos pouquinhos. Sei que vou sofrer para dar a cara a tapa, mas se for assim que eu tiver que aprender, assim será. Ainda vou apanhar muito. Estou disposta a tudo. Eu quero isso. Quero tentar.

Isso é só o comecinho, às vezes tenho que me lembrar que em breve vou começar outra faculdade. Mas não se preocupem, vou contar toda essa loucura que minha vida vai se tornar por aqui. Mais para a frente, falarei um pouco sobre as matérias e outros detalhes do curso. A minha intenção é, além de relembrar tudo isso no futuro, ajudar quem está nessa época de escolher uma profissão. Textos assim me ajudaram muito, espero ajuda-los também. <3

E vocês, como foram de início de faculdade? Alguém aí também faz jornalismo ou quer fazer? Me contem!


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Cinema: Lançamentos de Fevereiro


Olha o Carnaval aí, gente! Como não gostar da alegria dos blocos de rua? Dos amores instantâneos? Da casa de praia lotada? Pode ser no caloroso Frevo de Olinda, no animado axé da Bahia, ou, até mesmo, nos ilustres desfiles das escolas de samba do Rio, cada um arruma seu jeito de foliar. Porém, depois da quarta-feira de cinzas, não tem mais desculpas para não começar o ano de trabalho e estudo. Mas uma ótima forma de encarar toda essa chatice da rotina é ir ao cinema - aposto que você consegue arrumar um tempinho numa tarde de sábado, vai. Por isso, trouxemos a vocês bons motivos para chamar os amigos e passar a tarde curtindo os bons filmes de fevereiro.


O Regresso

O filme ganhou recentemente o globo de ouro de melhor filme dramático, melhor diretor e deu a Leonardo DiCaprio o prêmio de melhor ator. O regresso mostra o drama de Hugh Glass (DiCaprio) em sobreviver após ser traído pelo seu amigo John Fitzgerald (Tom Hardy - Mad Max: Estrada da Fúria), atacado violentamente por um urso e deixado à beira da morte. Só que ele resiste a isso tudo e está decidido a buscar vingança contra o amigo traidor. O longa baseado em fatos reais é dirigido pelo mexicano, Alejandro González Iñárritu, que ganhou o Oscar do ano passado como melhor diretor por Birdman. O Regresso estreia no Brasil dia 4 de Fevereiro.



Tirando o Atraso

Robert De Niro vive um ex-general que acaba de perder a esposa e decide tirar o atraso (se é que você me entende). Para isso, ele conta com a ajuda do seu neto Jason Kelly (Zac Efron) para arrumar algo divertido e empolgante. Até aí tudo bem, só que Jason é muito certinho e irá se casar em breve. Mas quem disse que isso é problema para o avô bagunceiro? Golf, Spring Break e festas recheadas a álcool e drogas marcam forte presença nessa comédia que estreia dia 4 de fevereiro e vai levar muitos fãs da dupla aos cinemas.


A Escolha

A mais recente obra de Nicholas Spacks conta o romance que teria tudo para ser perfeito se não fosse pelo fato de Gabby Holland (Teresa Palmer) não retribuír o mesmo sentimento de seu vizinho Travis Parker (Benjamin Walker). E, sem contar, que ela já estava em um relacionamento sério, mas mesmo assim vive uma curta paixão com Travis e foge após sentir-se obrigada a escolher um dos dois. O filme traz acidente, sofrimento e uma história facilmente reconhecida pelos fãs do autor e claro a trilha do trailer é atrativa, com músicas como Like I Can do Sam Smith e Fire meet Gasoline da Sia que reforçam o melancolismo. A Escolha chega aos cinemas dia 4 de fevereiro.

A Garota Dinamarquesa 


A Garota Dinamarquesa conta a história da primeira pessoa a mudar de sexo por meio de cirurgia e o que mais impressiona é que tudo começou com uma brincadeira, que ao final tornou-se uma descoberta. Lili Elbe é o alter ego de Einar Mogens Wegener, um pintor dinamarquês já casado que por meio de uma brincadeira de sua esposa acaba descobrindo uma face pela qual se identificou e conheceu novos amores e prazeres. O longa estrelado por Eddie Redmeine estreia por aqui no dia 11 de fevereiro.


  

O Quarto de Jack

O drama mostra o intenso amor entre mãe e filho, e tudo seria normal se não fosse por uma circunstância peculiar: eles estão confinados em um quarto. O surpreendente disso é que Ma (Brie Larson - ganhadora do globo de ouro de melhor atriz de drama) consegue transformar aquele ambiente - apelidado de O Quarto de Jack- em um lugar agradável e tranquilo para o garoto. Essa história emocionante ocorre em paralelo a diversos fatores, como as descobertas do mundo pela perspectiva da criança e a reabitação de Ma ao mundo real que não via por anos. O Quarto de Jack estreia dia 18 de fevereiro.


Horas Decisivas

Chris Pine (Star Trek - Sem Fronteiras) estrela esse drama de busca pela sobrevivência; tudo começa quando um navio petroleiro se parte - bem ao estilo Titanic- em alto-mar e a guarda costeira envia uma equipe para buscá-los, porém o Mar realmente não está para peixes, ou melhor, humanos. Horas Decisivas chega ao Brasil dia 18 de fevereiro.


Orgulho, Preconceito e Zumbi

A mistura do clássico "Orgulho e preconceito" com alguns mortos-vivos ocorre no século XIX e traz Lily James como a especialista em artes maciais e exterminadora de zumbis: Elizabeth Bennet. Esse tipo de adaptação composto por clássicos ou personagens icônicos, junto a seres do terror Hollywoodiano tem ganhado mais espaço nos últimos anos, a exemplo de Abraham Lincoln: O caçador de Vampiros e João e Maria: Caçadores de Bruxas . Orgulho, Preconceito e Zumbis ainda conta com Sam Rilley e Matt Smith no elenco e estreia nos cinemas dia 25 de fevereiro.    



Gostaram das indicações? Contem-me nos comentários!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

1/16

Tudo o que aconteceu no meu mês de janeiro.



Ainda me sinto em 2015 quando percebo que o primeiro mês de 2016 já passou! Ufa, quem diria, heim?Para falar a verdade, não aconteceu muita coisa não. Tirando o fato que eu passei no vestibular e vou fazer um curso totalmente nada a ver com o que eu já quis fazer na minha vida: direito. É, foi uma parada meio bizarra mesmo, mas calma, eu expliquei tudo aqui no blog. E não, não vou deixar de fazer jornalismo. Farei tudo junto porque sim. No dia do resultado, alguns amigos vieram para cá. Amo essas pessoas. <3


+ Cinema: Lançamentos de Janeiro

+ Filme: O Bom Dinossauro

Filme: Star Wars - O Despertar da Força

Depois de um dezembro movimentado, a segunda parte das minhas férias se resumiu a How I Met Your Mother e Breaking Bad. A propósito, que séries, amigos. Que séries. Também li um tiquinho, viu? Terminei Um Ano Inesquecível, li A Lista Negra e comecei o Manual de Redação e Estilo para Mídias Convergentes. Fui ao cinema ver O Bom Dinossauro com a irmãzinha e comentei por aqui. Ganhei um novo colaborador, o Vebê, e ele já contribuiu com dois post sobre cinema. Oba!


+ Uma carta para o último dia de 2016

+ 18 coisas para fazer antes dos 18

Sonhei um pouquinho aqui no blog. Escrevi uma carta para minha futura eu no fim desse ano e listei tudo o que quero fazer antes dos dezoito anos. E não é pouca coisa não, viu?


+ Rock in Rio: One Republic, The Script e Show de Abertura

+ Estrada e primeiras impressões sobre o Rio de Janeiro

+ Viagem: Porto Seguro

Relembrei algumas viagens, como a que fiz para Porto Seguro e que fiz para o Rock in Rio. Falei da estrada e primeiras impressões, além do primeiro dia do festival.


+ 12 destinos de carnaval para todos os gostos

+ 25 fantasias incríveis para usar nesse carnaval

Ah, e já estava nos preparativos para o carnaval. Listei destinos incríveis para o feriado e fantasias criativas para a folia. Inclusive, já comecei a festejar, viu? Nos dois últimos dias do mês, fui ao Pinto da Madrugada vestida de tigresa. Meow! Foi muito legal. Por conta da crise, os blocos estavam meio magrinhos, porém, minhas companhias lindas compensaram qualquer coisa. Estava cercada de amigos, família, amigos de amigos, frevo e good drinks. Não podia dar errado.

E como foi o Janeiro de vocês? Me contem!


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