quinta-feira, 6 de julho de 2017

Cuidem-se

rape, society, and black and white image

Não é preciso de muita coisa para saber que o mundo é um lugar cheio de maldade. Principalmente se você for mulher, dá para sentir o medo em quase cada passo que se dá. É triste porque desde pequenas somos lembradas disso e dos milhares de detalhes que temos que nos preocupar ao sair de casa para voltar sã e salva. Aumenta o tamanho da saia, diminui o tamanho do salto, não vai sozinha, não volta tarde, não bebe muito, não fale com estranhos, fiquei de olho no copo, não saia de perto, não dance até o chão. Ou melhor, fica em casa.

Eu tento me convencer que é paranoia demais para perigo de menos. Deixo o celular "do ladrão" no bolso mais fácil, escondo o verdadeiro no sutiã e sigo em frente, a passos rápidos, quase correndo, cantarolando pela rua escura para disfarçar o frio na barriga que não é de paixão. Não, não vai acontecer comigo, imagina. É o tipo de coisa que eu falo para mim mesma para não ficar louca e viver um pouco.

Até perceber que os milhares de conselhos que minha mãe me dão não são tão idiotas assim.

De repente estou numa festa com seus amigos - só gente legal, teoricamente - e presencio uma situação que me deixou muito perturbada. Não, não aconteceu nada comigo nem com ninguém. Por pouco. Pelo menos nada mais grave, físico, se é que me entende. Sabe aquelas histórias que você sabe que - infelizmente - são bem comuns, mas só sente o impacto quando acontece perto de você? Hoje vou contar uma dessas histórias e como não fazer o que eu fiz: nada.

Era uma balada gay, um lugar que eu me sentia segura. Ninguém iria me usar como isca para atrair homem, a música é boa, eu posso dançar loucamente sem nem precisar de par, ninguém falaria piadinhas ridículas no meu ouvido ou tocaria em lugares que eu não autorizei. E normalmente é assim mesmo, embora até nas minhas poucas experiências em baladas hétero não tivessem sido tão diferentes. Dessa vez eu vi que estava errada. Talvez eu não devesse me sentir tão segura em lugar nenhum.

Só dançar é bom demais, mas às vezes a gente quer mais que isso. Beijar umas bocas de vez em quando, faz parte. Foi o caso da minha amiga, solteira há pouco tempo, queria aproveitar. Brinquei com ela que caçaria os homens héteros para ela, e na primeira tentativa, arrumei um boy legal para ela. Até aí tudo certo, se ele não tivesse um irmão e um whisky ainda cheio no seu balde.

Recusei os dois, o whisky e o irmão. Tá aí duas coisas que você deve não aceitar, bebida de estranhos e um beijo que você não está a fim. Mas tem uma coisa chamada rejeição que alguns caras deveriam aprender a aceitar.

O cara foi um pé no saco. No início, ainda pagou de gentil, insistiu mais que deveria e eu relevei. Saí de perto, fui para o outro lado da pista e continuei a dançar. Momentos depois, o vi na maior pegação com uma menina que eu conhecia de vista na faculdade. Amém, ele vai me deixar em paz, pensei.

Nem lembrava mais do bundão, quando senti uma mão apalpando a minha bunda. Achei que fosse alguma amiga minha, mas elas não estavam por perto. Estranho. Continuo dançando. De novo. De novo. Ele passou, segurando a mão da menina do outro lado, riu para mim, e ainda falou alguma besteira. Pensei em chamar o segurança, e devia ter chamado mesmo.

O cara escroto continuou a me incomodar. "Gostosa". "Ainda vou te pegar hoje". "Shhhh". "Tá se achando demais". Aí você me pergunta, por que não chamou o segurança? Não sei. Só disse que não queria de jeito nenhum ficar com ele e saí de perto. No entanto, dessa vez eu comecei a prestar atenção na menina que estava com ele o tempo inteiro, inclusive enquanto ele falava todas essas merdas.

De longe, observei. O sinal de alerta mental começou a piscar. A menina continuava bebendo e ficando com ele. Se é que só tinha álcool nas suas veias, porque ela estava fora de si. Parecia que não tinha mais noção de tempo e espaço. Sabe quando as pessoas estão tão alteradas que só seguem a onda e fazem um monte de coisas aleatórias? Tipo isso. Mas se alguém vier me dizer que a culpa é dela porque ela estava bêbada, eu vou dizer que a culpa é dele por ter se aproveitado disso.

Comentei com a minha amiga - aquela que estava ficando com o irmão do cara escroto - que eu estava preocupada com a garota bêbada. Ela então me disse que eles comentaram que ela iria passar a noite na casa dele. Bom, aí já sabemos o que iria acontecer.

Não tem nada demais nisso, tem? Não, tirando o fato dela não estar nada consciente para consentir coisa alguma. E sexo sem consentimento é o quê? Isso mesmo: estupro.

E eu tinha que fazer alguma coisa.

O que eu fiz?

Nada.

Imaginei a possibilidade e fiquei apavorada. Como mulher, me senti na obrigação de impedir. Gostaria que fizessem o mesmo comigo, afinal, poderia ser eu nessa situação, poderia ser qualquer uma. Eu me senti no dever de proteger aquela garota quase desconhecida. Me senti responsável.

No entanto, ao avaliar as opções, fiquei de mãos atadas. Quem seria eu para aquele cara que não deu a mínima para os meus milhares de nãos? Que efeitos minhas palavras teriam na cabeça daquela menina que sequer lembrava de mim? Que justificativa eu daria ao segurança para tirar ele dali? E se ele levasse ela junto? O que eu poderia fazer? O quê? O quê?

Não fiz nada diretamente, mas talvez, indiretamente, falar com minha amiga ajudou. O irmão do cara escroto deu água à menina e a colocou num táxi. A história não teve um final tão trágico, afinal.

No entanto, não estou aqui para falar do incidente em si. Estou aqui para falar do nosso papel diante dessas situações e de como isso tirou meu sono nos últimos dias. Não fazer nada.

Parece até que eu estou falando de Hannah Baker, Bryce Walker e Jessica Davis, mas infelizmente, aqui é vida real. Sem querer dar spoilers, agora eu entendo completamente o que a Hannah sentiu ao presenciar a cena. Salvo as devidas proporções, a sensação de impotência é horrível e compreensível. O que não significa que a gente deva sorrir e acenar.

Não.

Precisamos fazer alguma coisa. Colocar a sororidade em prática. Comprar briga por algo que valha a pena. Meter a colher. Às vezes, ser chamada de louca, intrometida, chata. Faz parte.

Nós precisamos nos cuidar.

É chato ter que ouvir que nós temos que mudar quando na verdade a gente só quer viver uma vida normal sem tantas limitações e preocupações extras. E por mais que eu entenda todos os conselhos de minha mãe, eu não concordo com eles. Devemos fazer justamente o contrário. Resistir. Deixe o tamanho da saia do jeito que você quiser, use salto alto ou baixo, saia sozinha ou com o mundo inteiro, volte a hora que quiser, conheça pessoas novas, dance até os pés doerem. Ok, talvez realmente seja melhor não beber muito e tomar cuidado no seu copo.

Só não deixem de viver, por favor. Saibam que o perigo existe mas não parem por causa dele. Mas para garantir, cuidem-se. Não só de vocês, mas de todas. Vamos nos cuidar.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

O "mimimi" que dá certo

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Ontem fui a um evento de comunicação na faculdade e presenciei dois momentos bem diferentes. O primeiro, lamentável. O segundo, esperançador.

Ainda que esses superpoderes não sejam capazes de acabar com a fome ou conquistar de vez a paz mundial, quem estuda comunicação sabe o poder que a mídia tem. Nada é apenas uma propaganda, uma notícia, um programa. Tanto para o bem, quanto para o mal, a ela produz, reproduz e deixa de reproduzir ideias para a massa. É aí que nós, futuros comunicadores, temos que respirar e pensar: "Grandes poderes, grandes responsabilidades".

Era uma mesa redonda com três personagens: um apresentador de programa policial que viralizou, um deputado estadual que levanta a bandeira das minorias, e uma ativista feminista negra. O tema era "O que é 'mimimi'?" e, pelo o que eu entendi, a proposta era debater sobre a opinião do público exposta nas redes sociais com a propaganda. A proposta do evento era, inclusive, quebrar rótulos e promover um mercado publicitário com mais diversidade.

Massa.

Até um dos entrevistados começar a falar. Não vou dizer seu nome, mas todos do estado vão saber de quem estou falando. Um apresentador de programa policial que faz gracinhas num show de violência urbana e acabou virando meme. Se você não sabe exatamente quem é, nem precisa. Ele não é o único do tipo por aí. Aliás, alguém precisa diferenciar jornalismo de stand up comedy urgentemente, principalmente quando se lida com um problema social tão sério quanto a violência urbana. Mas não foi exatamente sobre isso que eu vim falar aqui hoje.

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Para início de conversa, ele começou a falar fugir do tema falando da própria vida. Mas ele é engraçado, tudo bem. Deixa ele falar. Cada um aproveita os 15 minutos de fama como pode, não o culpo. O mediador então tentou de todas as formas não fugir do propósito, e até que conseguiu, quando começaram a falar da objetificação da mulher, tendo como exemplo as famosas propagandas de cerveja.

Xiiiii.

Foi nessa hora que ele interrompeu a fala do outro convidado, e depois, da convidada, para dar sua opinião. Cá pra nós, falou merda, heim. Mas tudo bem, ele estava ali para dar sua opinião. Ele é uma figura popularesca daqueles tipos que é a cara e a voz do senso comum, Não dava para esperar outra coisa, e de certa forma, nada mais do que normal ter opiniões contrárias numa mesa redonda.

O que me deixou surpresa foi a reação do público. Não que seja tão surpreendente assim, olhando bem, mas eu sempre sou otimista. Não esperava que um auditório de jovens universitários, estudantes de jornalismo e publicidade, iriam concordar que estava ok continuar com propagandas que objetificam a mulher, porque a modelo "não foi tirar a foto pelada com uma arma na cabeça". Risos, aplausos, grito. Mito. Eu me perguntei se eu estava no lugar certo. Infelizmente sim.

"Ah, mas é só uma propaganda. Até parece que deixar de mostrar uma propaganda vai acabar com o machismo".

Really? Eu ouvi isso da boca de quem diz ser jornalista? Eu ouvi futuros comunicadores aplaudindo?

E a cada comentário problemático e preconceituoso, mais a platéia se deliciava e ele se empolgava. Ainda bem que eu não estava sozinha, e mesmo que eu não tenha conseguido fazer minha pergunta e dito o que eu queria dizer para colocar aquele homem no lugar dele, outra mulher falou no meu lugar. Então a mesa foi encerrada, com ânimos bem aflorados. A multidão fez fila para tirar foto com o showman.

Naquele momento, me senti mais ou menos como quando o Trump ganhou a eleição. Como tanta gente concorda com essas ideias? O que me assusta mais nem é quem fala, é quem concorda. É quem acha que o mundo tá chato demais e que o bom mesmo e persistir nos erros do passado. Na propaganda, no jornalismo, no dia-a-dia. Tenho mais medo de quem aplaude do que de quem é aplaudido.

 No pequeno mundinho do auditório da faculdade, por enquanto, ele venceu. Até a próxima palestra.

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Sabe aquela propaganda da Skol que recriava os antigos posters hipersexualizados? O cara que mudou a imagem da marca em prol da diversidade e fez campanhas maravilhosas estava lá. Foi maravilhoso. Um bom exemplo para um péssimo exemplo.

Porém, nada é tão bonitinho assim.  A gente sabe que uma empresa visa nada mais nada menos que o lucro e o posicionamento da marca só muda porque o pensamento das pessoas muda também. E que bom que finalmente alguém percebeu que diversidade também vende. Vamos desapegar de Karl Marx e perceber que é melhor um oportunismo positivo, uma mensagem legal, que aquela velha opinião formada sobre tudo.

É claro que isso não veio do nada. Não só no caso da Skol, mas esse mundão nosso tá mudando graças a tanto "mimimi". O grande barato da internet é justamente esse: estamos sendo ouvidos, e cedo ou tarde, a resposta vem. Seja ela qual for.

Que bom que depois da lamentável fala do apresentador de programa policial e de tantos aplausos, sentei em frente ao computador e li outros textos como esse. Pessoas que, do seu jeitinho, não ficam mais caladas com os absurdos que escutam.

E é por isso que estou aqui, nesse lugar sem lei que é a internet, passando minha mensagem. Em meio a tanto amor e a tanta coisa ruim, às vezes dá até uma canseira e vontade de deixar tudo para lá. Mas não. No meio disso tudo, eu percebi que não estamos falando para as paredes, e de grão e grão a galinha enche o papo. E de "mimimi" em "mimimi", os pensamentos mudam.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Sense8: Não dá para entender, só sentir


UFA! Depois de dois longos anos, mil tretas, mudança na direção, mudança de atores e um especial de natal, a segunda temporada de Sense8 finalmente foi liberada na Netflix! Acabei de assistir e vim correndo contar a vocês o que eu achei.

Para você que não tá sabendo do que eu tô falando, Sense8 é uma série criada por Lilly e Lana Wachowsky (Matrix). que fez o maior alvoroço na internet quando a primeira temporada foi lançada, em 2015. A série conta a história de oito desconhecidos ao redor do mundo que são mentalmente conectados depois do suicídio de uma loira misteriosa. Chamados de sensates, eles tem o poder de ver, falar e sentir o que os outros estão sentindo, como se estivessem lá mesmo. Ao se depararem com a nova habilidade, eles tem que lidar com isso, descobrir o que é que está rolando e por que estão correndo perigo.

Confuso? Normal. Sense8 não é para entender, é para sentir.

Todo esse lance de ficção científica, humanos evoluídos e organizações exterminadoras é só pano de fundo para um propósito muito maior. A série é uma maravilhosa metáfora sobre empatia, conexão com o próximo. Enquanto na vida real a gente tenta imaginar o que se passa com o outro, os sensates se colocam literalmente no lugar dele.

Além de ser outra grande metáfora sobre como nos relacionamos com as pessoas hoje em dia, com celulares e internet, por exemplo. Nada a ver? Comece a assistir a série e preste atenção. Você também vai notar essa relação.


Se a premissa geral já é bem complexa, acompanhar os dramas particulares de cada sensate em realidades compleeeetamente diferentes é muito interessante. É quase como uma novela, cada um vive sua história em torno de algo maior. Wolfgang (Max Rimelt) é um chaveiro de Berlim envolvido com o crime organizado; Capheus "Van Damme" (Aml Ameen/Toby Onyoungo) é um motorista de ônibus queniano desesperado para conseguir remédios para sua mãe soropositiva; Sun (Bae Doona) é uma executiva sul coreana que descobre que o irmão deu um desfalque na empresa do pai e tem que assumir a culpa para salvar a empresa; Nomi (Jamie Clayton) é uma mulher transexual lésbica, ativista e hacker de São Francisco; Lito (Miguél Angél Silvestre) é um ator mexicano que esconde que é gay para não prejudicar a carreira; Kala (Tina Desai) é uma farmacêutica de Mumbai que está prestes a casar com um homem que não ama; Riley (Tuppence Middleton) é uma DJ islandesa que fugiu para Londres por causa de um passado conturbado; e Will (Brian J. Smith) é um policial de Chicago atormentado por um crime nunca solucionado que presenciou.

Ufa.

Imagina quantas situações peculiares esse grupo não viveu? A preocupação com representatividade e diversidade é louvável e super importante para todo o desenvolvimento da trama. Não é a toa que o público LGBT se identifique tanto com a série. Lito vive um conflito bastante comum entre os gays, Nomi, uma transexual criada e vivida por transexuais - Jamie Clayton, Lilly e Lana Wachowsky são transexuais -, o que faz toda diferença uma vez que finalmente isso é abordado do ponto de vista delas. Fora questões relacionadas ao machismo na trajetória de Sun e Kala, e o eterno conflito vivido por Capheus num país africano.

Do ponto de vista cultural, tendo em vista uma história complexa pra baralho, é impossível não cair em alguns estereótipos. O africano pobre, a indiana numa sociedade conservadora, russos criminosos, latinos passionais. Mas de qualquer forma, esses estereótipos não deixam de ser representações da realidade, não é mesmo? Não sei, isso não me incomodou.

Ok, mas se você já assistiu a primeira temporada, não tem nenhuma novidade em tudo o que eu falei. Vamos então falar do que interessa. Ah, e se você não está a fim de assistir a primeira temporada ou assistiu e não entendeu nada, a Carol Moreira te explica tudinho.


O grande diferencial da segunda temporada - exceto o episódio de Natal, que foi maravilhoso, mas um baita de um fan service - é que dessa vez a questão da ficção científica fica em primeiro plano. Enquanto a primeira temporada aborda mais sobre a descoberta da nova habilidade pelos sensates e como a conexão entre eles os ajuda a evoluir na trajetória pessoal de cada um, na segunda, as histórias começam a se unir cada vez mais, tudo isso para deter o inimigo.

Sem querer dar muitos spoilers, eles são perseguidos por um tal de Whispers/Sussurros (Terrence Mann) que trabalha para a BPO (Biological Protection Organization), organização que pretende caçar e exterminar os sensates. Agora que eles já entendem o que são e qual é a ameaça, eles unem forças para lutar contra o inimigo.

Por mais que as histórias individuais de cada um não deixem de evoluir, nessa temporada eles perdem muito mais tempo com explicações, flashbacks e investigações sobre os sensates, o que, na boa, não é o aspecto que mais gosto da série. Embora nada faça sentido sem toda essa fantasia e tudo isso seja necessário para o desenvolvimento da trama, confesso gostei mais da primeira temporada. Talvez por não ser a maior fã de ficção científica, o material humano, os conflitos internos, as conexões e reflexões me atraem muito mais. Antes de fazer sentido, prefiro que me faça sentir. Mas calma, ainda temos muita coisa boa por aqui. Temos novos sensates, novos clusters (grupo de sensates), temos até treta entre eles. Inclusive, digo logo que está entre minhas cenas favoritas. Adoro.


Essa temporada foi um pouco mais leve que a primeira. Até tem cenas de sexo com nu frontal e tudo, mas dessa vez eles maneiraram mais um pouco. Depois do episódio de Natal, não tem mais nenhuma orgia, por exemplo. No mais, continuamos vendo aquelas frases inspiradoras de efeito, climão de clipe musical (aumenta o som quando tocar What's up), discursos para aplaudir de pé, lutas de perder o fôlego e algumas cenas de sexo para não ver com seus pais ao lado.

O final é até empolgante e interessante. Acontece algo que espero desde o primeiro episódio, no entanto, é tudo tão rápido que me deixou frustrada. O momento merecia um destaque muito maior, e não ser cortado abruptamente. Aqueles que já assistiram vão entender. É só para a gente ficar p. da vida esperando a terceira temporada? Talvez. 

Infelizmente, por ser um projeto extremamente ambicioso e caro, já estão rolando os boatos que a série só irá até a terceira temporada. Só a segunda temporada demorou oito meses para ser gravada e se passou em 17 cidades diferentes do mundo. Calcula-se que cada episódio custou cerca de 9 milhões de dólares. Pesado, né?

Mas a gente entende, e só quer nem que seja mais uma temporada maravilhosa para maratonar e amar. <3

domingo, 7 de maio de 2017

Crescer


O que é que eu tô fazendo da minha vida?

Não é a primeira vez que me pergunto isso.

Não será a última.

Putz, é engraçado finalmente perceber que vou viver com essa angústia eterna. Uma inquietação, sei lá qual seria a palavra mais adequada, você entendeu. Ah, você com certeza deve entender. 

Quando a gente é criança, todo mundo nos faz acreditar que um dia vamos nos encontrar. Simplesmente vai chegar um dia mágico e vamos dizer: "Eureka! É isso!". Vamos escolher uma estrada e seguir nela até o fim. Vamos pertencer a algum lugar. Ser muito foda em alguma coisa, amar o que faz e ainda ganhar dinheiro com isso. Sem dúvidas. Só certezas.

Sabe aquela esperança de um dia se encontrar e ter certezas? Ela vai acabando ao longo dos anos.

Afinal, para quê servem as certezas? Será que eu quero certezas? Será que a gente nasceu e foi criado para ter certeza de alguma coisa nessa vida? Sobre a nossa própria vida?

O que você quer ser quando crescer? Quanto você precisa ganhar para crescer? Quem você precisa agradar quando crescer? A quem você deve satisfações? A quem você deve as parcelas da faculdade? Por que a gente tem que fazer faculdade? Para quem a gente quer dar conforto? Para quem a gente deve dar orgulho?

Vem cá, crescer é isso mesmo? Precisar, dever, pagar, cumprir. Dinheiro, promessas, expectativas, metas. Estabilizar-se. Evoluir. Ser sustentada. Sustentar-se. Sustentar. Ser sustentada de novo.

Mano, que saco. Dá para fugir disso?

É muito fácil escrever sobre sonhos ouvindo indie, atrás da tela do meu notebook. E se é foda para mim ter coragem de dizer aos meus pais que vou renunciar de algo que os daria conforto algum dia (que me daria conforto algum dia), imagina como deve ser para quem nunca teve conforto nenhum? Eu entendo, de certa forma. Eu entendo. 

Então me diz, quem você quer ser quando crescer? Ou melhor, o que você quer ser enquanto cresce? Porque, no fundo, acho que a gente não cresce é nunca. Crescer não é o fim, é o meio. Para quê perder a vida tentando ganha-la? Juntar grana para gastar numa aposentadoria que eu nem sei se vou ter. Sei lá.

Acho que isso tudo quer dizer que ainda não cresci. Adultos não tem tempo para a divagar sobre o sentido da vida, só Alices e Peter Pans.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Nem tenta desenrolar

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- Como vai sua vida amorosa?

Ela pergunta, com intenções claras e subentendidas.

- Não vai. Não tem. Morreu. Matei. Nem nasceu. Abortei.

Eu ri em seguida, para amenizar o ambiente.

- Sinto que ela vai progredir.

Falou a vidente.

- Não sente nada.

Não podia falar mais nada.

- Você gosta dele.

Eu ri.

- Há mais coisas entre o céu e a terra do que imagina nossa vã filosofia.

Espero que ela tenha me entendido.

- Tipo?

Ela não me levou a sério. Estava rindo.

- Eu não sou uma pessoa legal. Nem normal.

Duas verdades. Ei, me leve a sério. Eu tô tentando te avisar.

- Você precisa se abrir.

Preciso de vergonha na cara. E de uma nova amiga.

- Eu sou assim. Não.

- Você está falando sobre isso. É um grande avanço.

Avanço até o fundo do poço.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

15 passos para a House Party perfeita


 

Quem nunca quis dar uma house party, né non? Pois é. Para você que nunca viu um filme americano ou assistiu os clipes da Katy Perry, house partys são aquelas festas feitas em casa, meio improvisadas, mas que dão super certo. Essas festas são super informais e eu adoro isso. Acredite ou não, mas eu já dei duas e tô indo pra terceira. Como eu já sei mais ou menos o que fazer para dar certo, vou dar umas dicas a vocês. VEM!

1 Quem chamar?
Antes de começar a planejar uma house party, seja ela grande ou pequena, você deve saber quem vai participar dela. A quantidade de pessoas vai depender muito do tamanho da sua casa e das proporções que você quer que sua festa tome. Dá para se divertir bastante só com os mais íntimos, por outro lado, festa cheia sempre dá o que falar. Só se lembre que quanto mais pessoas, mais difícil de controlar a situação, tenha muito cuidado com isso.

Corte da lista aquele cara mau encarado, o que sempre entra em coma alcoólico, o cara que arruma briga em todo lugar, a mina fresca, gente chata, aquele casal briguento, aquela turma desanimada e gente que você nunca viu na vida. Afinal, ninguém merece não aproveitar a festa por estar preocupada com os convidados. 

Agora que você já sabe quem não chamar, liste quem realmente merece estar na sua social. Convide seus amigos, pessoas que gostam de você e vice-versa. Aquele seu amigo que não para de dançar, o que bebe e diz que ama todo mundo, o que tem um papo legal, o que vai fazer as pessoas rirem, aquele cara que vai te ajudar com a bagunça no dia seguinte... Isso faz toda a diferença. Bons convidados fazem boas festas.

2 Crie um grupo
Depois de fechar a lista, convide-os pelo bom e velho boca a boca. Um grupo no whatsapp também é uma boa pedida, assim as pessoas já vão entrando no clima da coisa. É bom porque quem não se conhece já pode ir se conhecendo, os convidados podem arrumar caronas, e ajuda muito na organização. Fora que depois todo mundo zoar por lá que eu sei.

3 Peça colaboração 
O que reina nas house parties é informalidade e se todos seus amigos são sem frescura e querem se divertir, não tenha vergonha e peça colaboração. Eles podem contribuir com dinheiro para comprar os comes e bebes ou eles mesmos podem trazer pratinhos e bebidas. Não é vergonha nenhuma fazer isso, viu? Mas se você mesma puder bancar tudo, melhor ainda, haha.

4 Larica
Tem muita gente que faz festa sem comida, mas sinceramente, isso não dá para mim não. Além do mais, o resultado de um monte de gente bebendo de estômago vazio na sua casa não vai ser dos melhores. Não precisa ser um banquete, a galera só vai querer uma coisinha para beliscar mesmo. Invista em coisas simples e que não sujem pratos e talheres. Peça pizzas e sirva no guardanapo, faça um panelão de hot dog e deixe o pão de lado para cada um se servir, faça pipoca, compre um saco de amendoim para os bebuns, salgadinhos e afins. Um docinho também vai bem, ninguém rejeita um brigadeiro ou sorvetinho. Coisas super fáceis, simples, não fazem sujeira e todo mundo gosta. Ah, não esquece das balas, isso não pode faltar de jeeeeito nenhum. Quem vai beijar ou vai voltar para casa depois de uma noite de esbórnia agradece.


Cheers!
Ih, chegamos num tópico meio polêmico, a birita. Há quem ame e odeie, mas eu sou do time que acredita que uma brejinha moderada não faz mal a ninguém. E, fala sério, não é questão de não saber se divertir sem álcool, porém, é óbvio que todo mundo se solta muito mais com ele. Os amigos animadinhos são um espetáculo a parte, divertem até os abstêmios. Então amiga, para ser sincera, é melhor arrumar umas latinhas senão todo mundo vai ficar com cara de bunda e ter vontade de ir embora. A não ser que sua turma seja muito nova, ou sei lá, seja o pessoal da igreja, a bebida é essencial.

Se o orçamento tá apertado, vai de latão de cerveja popular mesmo. No entanto, se você quer que todo mundo se anime de verdade, compra Skol Beats, Smirnoff Ice, energético, e uma cerveja tipo Budweiser ou Heinenken, esse pessoal mais jovem adora. Não esquece da vodka, frutinhas e leite condensado para fazer batidas. Umas bebidas diferentes para joguinhos de shots são legais também. 

Assim como a comida, garanta que a bebida não falte, fica muito feio e todo mundo desanima. Ah, e pelo amor de Jah, compre gelo e garanta que tudo esteja bem gelado na hora da festa. Se não tiver um freezer ou um cooler grande o suficiente, vale pedir pedir emprestado.  

E se lembre dos amigos que não bebem (aka eu), os menores de idade ou os que vão dirigir, por favor! Tenha refrigerantes, sucos e água a mão.


Por favor apague a luz
Quer que todo mundo fique com vergonha de dançar e se soltar? É só deixar o ambiente super iluminado de luz branca. Vai por mim, no escuro todo mundo se solta muito mais. Troque as lâmpadas da casa por luz negra, lâmpadas coloridas (a azul fica ótima, lembra o efeito da luz negra e ainda é mais barata) ou use papel celofone colorido para cobrir as luminárias (mais barato ainda!). Outra ideia muito bacana é usar pisca pisca para decorar e iluminar o ambiente, todo mundo tem um aí guardado do natal. Se puder arrumar um strobo, lazers aquelas luzes que ficam girando, melhor ainda. Isso vende de monte aqui no Centro de Maceió e não é muito caro, na sua cidade deve ter também.

Decor
House parties não precisam de uma decoração super elaborada, umas sequer tem decoração, porém, acho legal arrumar algumas coisinhas para decorar e criar um clima. Só essa parte da iluminação já dá conta do recado mas se quiser complementar com alguns acessórios, melhor ainda. Pesquisa "house party" no pinterest e passe horas vendo ideias maravilhosas. Se a festa tiver um tema, fica ainda mais fácil decorar. Pode ser festa do branco, neon, mexicana, cores, anos 80, sei lá, o céu é o limite!



Garanta a pegação
Atire a primeira pedra quem nunca saiu de casa querendo dar una beijos, haha. Sem falar que pegação sempre dá o que falar, e todo mundo adora. Por isso, pense na paquera dos amigos solteiros. Chame amigos e amigas livres e desimpedidos. É legal chamar pessoas de galeras diferentes para se conhecerem lá. Aproveite para apresentar aqueles amigos que você acha que tem tudo a ver. É legal pensar em lugares estratégicos para isso, por que não? Improvise um banquinho num lugar mais reservado e deixe rolar. Só não vale deixar irem para o quarto, sua casa não é motel.

12  Vizinhos
Ah, os vizinhos... Eles podem acabar com tudo, e com razão. Coloque-se no lugar deles, com certeza você não gostaria de ouvir uma música que não quer ouvir a noite intera, não é mesmo? Por isso, seja legal com eles. Convide-os, faça um bolinho, converse... sei lá. Dá um jeito, porque ninguém gosta receber a polícia em casa, né? E se você já souber que eles são meio intolerantes com esse lance do som, só abaixe o volume e evite maiores contratempos.

10  Segurança
Lembre-se que isso tudo vai acontecer na sua casa e você com certeza vai querer ela depois. Por mais educada que sua galera seja, não tem jeito, vai ter bagaceira. Coisas podem ser sujadas, quebradas e até roubadas. Delimite a área da festa e tire de lá todos os objetos de valor. Móveis sensíveis, enfeites da sua mãe, vasos e afins. Então, separe um quarto e tranque lá tudo o que você quer deixar intacto. 

A festa já começou, você nota um rosto desconhecido no meio da multidão e ninguém conhece o sujeito? Ponha para fora. É sério, não tenha medo de ser chata, ponha os penetras para correr e pronto. "É a minha casa, é a minha casa." Cante esse mantra. Se seus próprios amigos fazem uma bagunça danada no seu cantinho, pode ter certeza que quem não te conhece não vai ter a mínima consideração. Se um convidado trouxer alguém e te avisar, tudo certinho, ok. Mas não permita em hipótese alguma que gente estranha permaneça no seu lar.
Por isso, se certifique de fazer o trabalho de porteira. Abra e feche a porta para todos que chegarem e saírem, ou delegue essa tarefa para um amigo de confiança. É sério, isso evita muita dor de cabeça. Experiência própria.

Ah, e em caso de brigas, bêbados inconvenientes, assédio ou qualquer convidado que esteja causando problemas, pode mandar embora também, viu? Ninguém merece que uma pessoa estrague a diversão de todos.


13  Quebre o gelo
Principalmente se sua galera for tímida, é bom já arrumar alguma coisa para quebrar o gelo. Jogos são bem interessantes e animam todo mundo. Twister, beer pong, eu nunca, jogo da garrafa... Você pode arrumar um Just Dance ou um Karaokê também. Todo mundo ama!
 
Tunts tunts
Pior que festa sem bebida é festa sem som. Ninguém merece. A música é essencial, ela dita todo o ritmo da coisa, desde a hora da chegada, o clímax e a hora de ir embora. Uma boa música pode garantir o sucesso da sua social. Por isso, arrume um som potente e monte um setlist de arromba. 

E nada de ser cult nessa hora, tem que ter som da bagaceira mesmo. Ponha muita eletrônica, pop, funk, sertanejo, pagode, forró, reggae, sessão flashback... Opte por ritmos que façam todos cantarem e se animarem, coisas conhecidas. A propósito, não esquece de reservar um lugarzinho para o pessoal dançar. Festa boa tem que ter rala bucho, bate coxa, boyzinho rodando a camisa em cima da cabeça, mina descendo até o chão e fazendo carão, haha.

16  Aproveite
Qual o sentido de dar uma festa e não aproveitar? Por isso, amiga, se joga.
 

17  Hóspedes
Sabe aqueles amigos que moram longe ou não tem onde dormir? Se possível, arrume em um lugar para eles. Qualquer colchonete, sofá, ou até o chão mesmo, serve. Provavelmente sua festa vai rolar a noite toda mesmo e não vai fazer tanta diferença. Sem falar que no dia seguinte eles podem ser bem úteis.

18  Dia seguinte
Você não vai mais reconhecer sua casa no dia seguinte, hahaha. Sério, vai estar um inferno. Por isso, aproveite os hóspedes e ponha todo mundo para trabalhar. Pode ser até divertido, vocês vão passar o dia relembrando de todos os acontecimentos da noite anterior. Outra opção é já colocar o valor da diarista no orçamento e deixar marcado. Muitas não trabalham no final de semana, mas se você conversar direitinho com antecedência, pode ser que consiga.


 Do it all again
Depois você vai se juntar com os seus amigos para debater todos os babados da festa, mostrar as fotos, vídeos, sentir vergonha alheia, dizer àquele amigo que teve amnésia alcoólica o que ele fez e passar dias comentando sobre os acontecimentos da sua house party. Posso apostar que todo mundo vai amar e pedir mais. 

Agora que você já sabe como dar uma festa de arromba, faça tudo de novo. E me chama, hahaha!

E aí meninas, agora quero saber de vocês. Já deram uma house pary ou foram em alguma? Quero saber de todas as histórias, haha.
  
  

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Som do silêncio

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Ah, que saudades do som do silêncio. Escrevo justo do raro momento em que ele me visita. Hoje é uma segunda-feira, é claro. É tarde da noite, tive que esperar o sono de todos. Não quero nem pensar no dia de amanhã, e já peço ao meu chefe que me perdoe, foi minha única opção. Como jogar fora o único momento em que essas vozes se calam, as televisões se desligam e o meu sono permite que eu me dê ao luxo de sentar e trocar um dedinho de prosa comigo mesma?

E como não poderia esquecer... o bar não abre. 

Malditas sejam as sexta-feiras. Sábados. Domigos. Vésperas de feriados. Feriados. E agora até as quartas e quintas. Malditos sejam todos os dias em que vocês me impediram de estudar, trabalhar, descansar ou me divertir

Que me desculpem os boêmios, mas o sossego de uma cronista notívaga é fundamental. O sossego de qualquer pessoa é fundamental. Da minha irmã de seis anos, minha avó de 90, da vizinha noveleira, da tia viciada em Netflix, do louco por futebol, da prima que estuda para passar no Enem, do trabalhador cansado, do casal que só quer ouvir um blues com vinho tinto... 

Por mais que eu tente, não consigo me isolar dos som dos teclados robóticos que invadem minha casa sem pedir licença ou por favor. Sem bater na porta ou pedir desculpas. Sem perguntar se pode ou se eu quero receber sua visita. Nada. Porque parece que eu não tenho escolha. Nem direitos.

Alguma lei da boa vizinhança, escrita em lugar nenhum, diz que não seria muito agradável da minha parte falar alguma coisa. Na verdade, não que eu ligue muito para isso, só evito o confronto e empurro com a barriga. Confesso também que tenho um pouco de pena. Até porque, não se engane, também gosto de uma boa boemia. 

Mas não na minha casa. Quase todo o santo dia. Me impedindo de viver no meu próprio casulo. 

Você deve saber que o seu direito termina quando invade o meu. E se não sabe, estou aqui para avisar. Não falo de boca para fora, existem leis que determinam isso. 

Espero que não me tratem como uma louca. Lembram da única vez em que disse um algo sobre isso? Espero que não se repita. Ou melhor, desejo que vá embora e traga a paz de volta. Ou dê um jeito. Faça alguma coisa. Encontre uma solução.

Tive uma ideia. Que tal trocarmos de lugar? Passe um mês na minha casa e tente escrever um post para o blog, gravar uma narração para o trabalho da faculdade, gravar e editar um vídeo e escrever um romance ao som da voz fanha do outro lado da rua. Aproveite e pergunte o que a rua inteira acha sobre isso. Depois conversamos.

É uma ilusão achar que serei levada a sério quando gente mais importante não foi. Dedico esse texto a quem fez esse tão bom bar e lembro que eu não ainda existem mais centenas de pessoas prejudicadas por vocês.

E aos leitores do meu blog, peço perdão pela pouca atenção. Acho que já entenderam qual é o culpado.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Lançamentos de Julho

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Depois de algum tempo sem postar por aqui, os lançamentos do mês nos cinemas retorna e Julho é o mês perfeito para ir conferir os principais Lançamentos nas telonas pois as férias estão logo aí menos para mim. Tem ação, comédia, animação e muita diversão para conferir, prepare a pipoca e o ingresso pois a sessão já vai começar!

A Era Do Gelo: O Big Bang

Embora divida a opinião de muitos a cerca da continuidade da franquia, Era do gelo ganha seu quinto filme este mês. Dessa vez Manny, Diego, Siddy e toda turma deve enfrentar uma catástrofe que pode estinguí-los para sempre: um asteroide está indo em direção à terra graças ao atrapalhado esquilo de Scat. A animação estreia dia 7 de julho.

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Caça-Fantasmas

A saga agora protagonizada por mulheres traz um elenco de peso e uma história e dinâmica que promete agradar os fãs da série. No novo filme, quando as atividades paranormais começam a se intensificar e diversos fantasmas assombram New York, o grupo composto por Abby (Melissa McCarthy), a física Erin (Kristen Yiig), a funcionária do metrô Patty (Leslie Jones) e a engenheira Jillian (Kate McKinnon) é a salvação mais sagaz (e divertida). O Reboot estreia dia 14 de julho e conta com o Chris Hemsworth no elenco.  



Negócio das Arábias

Falido, sem casa, carro e até sem esposa, Alan Clay (Tom Hanks) decidi ir vender sua ideia genial a Arábia Saudita: um sistema holográfico 3d utilizado em videoconferências. Apesar das dificuldades e do choque cultural inevitável, é ali que ele descobre as oportunidades e se sente pronto para o mundo. A obra é baseada no livro Um holograma para o rei, do Dave Eggers e estreia dia 14 de julho.

A Lenda De Tarzan

Um órfão criado na floresta por gorilas, tenta se adaptar à vida junto aos humanos. Depois de algum tempo Tarzan é chamado de volta à selva como emissário do parlamento britânico. Agora, seu antigo lar não está mais seguro com a ameaça do capitão Rom em destruí-lo. O herói da selva e sua esposa Jane faram de tudo para impedir o fim da selva. O filme conta com Margot Roobie no papel da Jane, Alexander Skarsgárd como Tarzan e Christopher Waltz como o vilão e estreia dia 21 de julho.


Dois Caras Legais

Russel Crowe e Ryan Gosling precisam encontrar a filha de uma funcionária o Departamento de Justiça dos Estados Unidos que fora sequestrada. Do jeito bruto de Jackson Hearly (Russel) e do medroso e atrapalhado de Holland March (Gosling), eles buscam o paradeiro da garota quando descobrem que o caso e a morte de uma atriz pornô estão diretamente relacionados. A comédia chega aos cinemas dia  de julho.


O Bom Gigante Amigo

Dirigido pelo renomado diretor Steve Spielberg, em O bom gigante amigo, A órfã Sophie é sequestrada pelo gigante por um gigante amigável que é renegado pelo seres de sua espécie por não se alimentar de crianças. Com a ajuda do novo amigo, Sophie tentará impedir o plano dos gigantes em dominar as cidades e aterrorizar os humanos. O longa estreia dia 28 de julho nas salas de cinema.



Jason Bourne

Esse filme marca o retorno de Matt Damon ao papel de Jason Bourne após ficar de fora por algum tempo. No novo filme, todos acreditavam que Jason Bourne estava morto, porém ele lembrou de tudo o que aconteceu e surge como um problema e volta ficar na mira da Outcome. A ação ainda conta com Tommy Lee Jones, Julia Stiles, Paul Greengrass retorna a direção e estreia dia 28 de julho.    



E você irá ver qual nos cinemas? Conte-nos!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Por que eu amo Maceió?


Vou começar o post dizendo que eu não gostava da minha cidade. Tinha tanta vontade de conhecer o mundo e sair por aí que eu simplesmente não conseguia enxergar o próprio cantinho em que eu vivia. Eu só queria ir embora desse lugar que me aprisionava, para qualquer outro. Minha alma escapista me cegava. Só via graça naqueles lugares que tanto idealizava pelos livros, pela tela, pelas conversas, pela minha imaginação.

Até, um dia, ir. E me apaixonar. Constatar que sou, de fato, uma cidadã do mundo. Mas pela primeira vez, perceber que there is no place like home. E que lar! A cada km que rodo para longe, consigo valorizar cada vez mais a minha nação, meu estado, a minha cidade, meu bairro, minha rua. Parece que a distância me aproxima das minhas origens e eu gosto disso.

Eu gosto do cheirinho de maresia, da umidade, do sol e da chuva que aparece de vez em quando para quebrar a monotonia ensolarada. E é verdade, podem me chamar de clichê, mas o melhor daqui é mesmo a praia. Pajuçara, Ponta Verde, Ipioca, Guaxuma, Sereia... Sem falar das que ficam aqui pertinho. O ser humano ainda não conseguiu criar nada tão belo que a natureza por essas bandas.

E olha que ele tenta. Confesso que a arquitetura não é das mais exuberantes mas ainda assim, temos uma Catedral linda, o centro histórico de Jaraguá com prédios antigos bem conservados, casinhas coloridas e infelizmente muitas ruínas - e por incrível que pareça até elas são bem fotografáveis.

Claro, temos as nossas festas! Não temos carnaval, mas as prévias tem um toquezinho daqui que eu nunca vou achar em nenhum outro lugar. O São João é bem animado. Mas o Reveillon... Se você tiver dinheiro, não vai faltar lugar para ir. E se não tiver também, vai para a areia e deixa a noite te levar.

A comida... Hmm. Dá água na boca só de pensar nos peixes e frutos do mar, na culinária caseira com gostinho de sertão, da tapioquinha e da cocada de beira de estrada. E se quiser fugir dessa vibe mais típica, aqui tem também. Da alta culinária internacional, ao sandubão de esquina de lamber os dedos. Mas para mim o melhor lugar para comer mesmo é na orla. Não tem erro, as opções são várias e o passeio por si só já vale. Eu amo aquela brisa.

É fácil ver beleza na novidade, mas olhando direitinho, o lugar comum também tem seu charme. Não duvido que boa parte dos viajantes assíduos conhece mais algum lugar do mundo do que a própria cidade, estou errada? Reclamamos tanto que não temos dinheiro para viajar, mas sequer passa pela nossa própria cabeça que podemos ser turistas no nosso próprio canto. Já pensou em viajar por aí mesmo?

E foi pensando nisso que a  Yasmin do blog Qualquer Latitudereuniu várias blogueiras de viagem ao redor do Brasil num projeto muito legal  chamado "Eu ♥ a Minha Cidade". Dessa vez, as blogueiras teriam que fazer posts mensais sobre a sua própria cidade, bacana né? Confesso que mesmo tendo mudado a minha percepção sobre Maceió há um tempo, eu ainda não a conheço tanto assim. Por isso achei que a ideia foi a oportunidade perfeita para, finalmente, embarcar na viagem mais curta - e interessante! - que faria.

Até perceber que fazer essa viagem seria mais difícil que eu pensava.

Escrever esse post não foi fácil, simplesmente porque eu não sabia colocar em palavras o quanto me sinto bem nesse lugar. É, eu tenho esses bloqueios esquisitos. Bom, está escrito, do meu jeitinho.
Mas não para por aí, todo mês vai ter post sobre Maceió. Eba! Ah, não deixem de ver os posts das outras meninas, tá um melhor do que o outro. Inclusive, me dexaram morrendo de vontade de visitar as cidades delas.


Eu ♥ Curitiba – blog Qualquer Latitude | Eu ♥ Campo Grande – blog Lidy com Isso 

Eu ♥ Osasco – blog O Mundo da Ana | Eu ♥ Rio de Janeiro – blog Diários de um piquenique
Eu ♥ São Paulo – blogs Celle Coelho e Call me Maya


E vocês, amam o lugarzinho onde moram? Por que vocês acham que as pessoas merecem conhecer? Contem-me!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

4/16

Tudo o que aconteceu no mês de Abril.
O mês de abril foi pouco produtivo e meio... estranho. Na faculdade as coisas começaram a desacelerar e os problemas foram aparecendo. Aquela empolgação toda do início virou uma crise existencial. Os dois últimos trabalhos, de rádio e TV, foram bem decepcionantes para ser sincera. O início de direito está cada vez mais perto e eu estou animadíssima e ao mesmo tempo morrendo de medo dessa reviravolta na minha vida.


Já aqui no blog, o primeiro post do mês foi justamente o desafio vegetariano que encarei entre fevereiro e março. Depois dos quarenta dias do desafio, voltei a comer só peixes e frutos do mar. No entanto... Bem, tive duas recaídas com o frango. Mas como a intenção nunca foi tornar isso uma obrigação ou algo radical, para mim é ok comer  alguma carne de vez em quando. Só a vermelha, que continuo evitando ao máximo. E mesmo assim, se um dia eu estiver com muita vontade/necessidade de comer, também não vai ser o fim do mundo.

Falando em frango, minhas recaídas foram justamente nas duas festas de casamento que fui no mês. Acho que estou ficando requisitada, haha. Na primeira, foi só muita fome e falta de opção mesmo. Ou era empada de frango ou era churrasco e torresmo. Aí né, 2h da manhã, sem comer, é meio pesado. Depois, no outro casamento - que diga-se de passagem, foi o mais lindo que já fui até hoje, em todos os sentidos  -, comi porque estava afim mesmo. Inclusive, tenho até que escrever alguma coisa sobre esses acontecimentos.



Não tem tempo morto em Brasília, mas abril definitivamente foi um mês bem agitado por lá. Teve votação do impeachment da nossa querida presidente na câmara dos deputados. Assisti àquilo e me senti meio numa apuração de escola de samba, meio numa final de campeonato, meio num programa da Xuxa. Ai ai. Falei um pouco sobre o que eu achava dessa bagunça que está no nosso país hoje - e sempre. Prevejo mais textos assim daqui para frente. Perdoem-me quem não gosta de política, estou começando a gostar.
  


Ah, há quanto tempo não postava resenha mesmo? Mas ó, dessa vez eu vim com resenha escrita e em vídeo do #livroUAI para vocês. Espero que gostem e tenham paciência comigo nesse lance de vídeo. Ainda estou aprendendo.
 
Falando em livros, tô tentando sugar a biblioteca da faculdade até ao máximo, ainda que eu ainda não consega ler tanto quanto gostaria. Comecei por "O Príncipe", de Maquiavel, já para adiantar os livros que vou ter que ler em direito. Vou tentar intercalar as leituras entre as duas áreas. Não lembro o outro tílulo que li, nem o autor, mas foi um estudo muuuuuito interessante de um designer-jornalista sobre a cor como informação. Agora estou lendo "Iniciação sobre a história da filosofia" e os próximos serão "Manual do Foca" e "Do Contrato Social". Oba! Até que estou gostando dessa vibe literária. Tô até pensando em arrumar alguma forma de falar desses clássicos por aqui. 



 + Não Precisa Saber

Porém... nem tudo são flores. Quer dizer, no caso, seria melhor dizer que nem tudo são espinhos. Não sei se faço certo ao falar de coisas tão pessoais por aqui, mesmo que ninguém leia mesmo. Mas sei lá, é meio estranho se abrir tanto assim. É libertador e ao mesmo tempo... Ai, não sei. Esse mês foi bem Lana Del Rey.

E sobre música, não tem como ignorar o Lemonade. Obra prima. Maravilhoso. Incrível. Para quem não sabe, Beyoncé lançou mais um visual album. A pegada é bem de filme conceitual mesmo, no qual ela fala principalmente de uma suposta traição do marido e de empoderamento da mulher negra. Vejam, sério.

+ Cinema: Lançamentos de Abril

E não poderia faltar o tradicional post dos lançamentos do cinema do mês. Não sou muito fã de heróis, mas essa moda tá pegando até em mim, viu? Estou louca para ver Capitão América. E claro, se eu conseguir dar um pulinho no cinema, vai ter resenha sim.

Como foi o Abril de vocês? Me contem!

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