quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Filme: "Frozen - Uma Aventura Congelante"

Frozen

Eu já não aguentava mais ouvir a minha irmãzinha me chamar para ir assistir Frozen - Uma Aventura Congelante, ao mesmo tempo estava louca para ir conferir o filme, ainda assim sem tantas expectativas. Quer dizer, adoro animação, além de que Disney é Disney e nunca iria fazer porcaria. Já vou logo adiantando que as minhas expectativas não foram nada comparado ao que vi na tela do cinema. Enfim, vamos para a opinião da menina que de cinema só entende o que se passa na tela.

Antes mesmo de começar o filme, eu já sou surpreendida por um curta do Mickey muito interessante. Eu achei o máximo já que os caras misturaram a tecnologia do 3D em cores com o desenho de antigamente em preto e branco. Ah, além disso, eu vi nas minhas pesquisas que a voz da versão original (em inglês) é do próprio Walt Disney. É uma pena que não tenham animações na versão legendada... O curta é super engraçado, não saia do cinema quando ele estiver passando porque você vai perder uma parte muito legal da sessão.

Be the good girl you always have to be.

Agora vamos para a melhor parte: o filme. Logo no início nós conhecemos Elsa e Anna, duas irmãs, princesas do reino de Arendell. As duas eram inseparáveis, Anna adoravam brincar com os poderes congelantes de Elsa e de certa forma, percebi que ela admirava muito a irmã mais velha. Eis que ocorre uma tragédia que separam as duas. A cena que mostra o crescimento das duas é muito bem feita, 

Já crescidas e órfãs, Elsa abriria os portões do palácio pela primeira vez em anos para comemorar a sua coroação como rainha. Ela estava nervosa, e Anna, extremamente animada. As duas até tentaram se reaproximar nesse dia, até que uma maluquice da Anna fez com que as irmãs discutissem e Elsa, sem querer, congelasse todo o reino e fugisse. Na tentativa de salvar o reino, Anna sai em busca da irmã junto com um boneco de neve chamado Olaf, um alce chamado Sven e um vendedor de gelo chamado Kristoff, vivendo diversas aventuras pelo caminho.

Uma amiga minha, que também viu o filme, o resumiu em três partes: triste no início, engraçado no meio e fofo no final. Eu concordo. Inspirado no conto de fadas "A Rainha do Gelo" de Hans Christian Andersen (o mesmo da "Pequena Sereia") o filme (embora seja muito diferente do conto original) não tem nada a ver com aqueles contos de fadas em que a princesa é uma retardada e o príncipe é o salvador da pátria.

😊😢

Apesar de Anna ser extremamente romântica e sem noção, noivando com o primeiro príncipe que apareceu pela frente, esse lado dela não aparece no filme como algo positivo e é até ironizado ao longo do filme. Super diferente de outros contos de fadas da Disney em que a princesa é uma idiota, e o pior, isso é mostrado como se fosse legal. Mas não se enganem, a cota de romance de Frozen existe e é muito boa. É claro que a Disney não iria abrir mão de certos clichês, mas no fim é um filme realmente diferente da maioria dos filmes de princesa. Mais cedo ou mais tarde isso teria mesmo que mudar.

A Anna é bem maluquinha e engraçada, mas a minha personagem favorita é sem dúvidas a Elsa. Céus, eu me a-p-a-i-x-o-n-e-i pela Elsa. Ela é a personagem mais linda, melancólica, interessante, madura e poderosa do filme. Juro que eu quero ser a Elsa quando eu crescer. Quem ver o filme vai entender o porquê de tanta fascinação pela snow queen. A única coisa que eu não gostei nela foi o fato dela não aparecer tanto quanto eu gostaria, embora todas as cenas que ela está presente são incríveis. Ah, acho que essa cena dá uma boa ideia de como a Elsa é diva:


Já o Olaf, Kristoff e o Sven fazem a parte engraçadinha e fofinha do filme. Principalmente o Olaf, você vai se derreter toda vez que ele falar que gosta de abraços quentinhos. Fábio Porchat, que dublou o boneco de neve, foi muito elogiado pelo trabalho. Devo dizer que como leiga e adepta às versões legendadas (ou melhor ainda, sem legendas!), eu gostei bastante da dublagem do Porchat.

Falando em dublagem, mesmo que não seja o meu jeito favorito de ver filmes, as dublagens de "Frozen", como na maioria das animações, não me incomodaram tanto quanto em outros filmes. Eu até imaginava que as canções ficariam bem sem graça se fossem traduzidas, mas ainda bem que as versões em português não deixaram a desejar. Mesmo assim, prefiro filmes com o áudio original.

E no quesito música, garanto que ninguém vai sair do cinema sem cantarolar alguma musiquinha. Fica na cabeça da gente! As canções são lindas e se encaixam perfeitamente na história. Vou confessar que eu até baixei algumas e sempre estou escutando no meu celular. Não é a toa que o CD da trilha sonora tá fazendo o maior sucesso por aí a fora. Eu fiquei tão apaixonada que quase comprei o tal álbum de "Frozen".

Esqueça os preconceitos com desenhos, é um filme pra qualquer idade. "Frozen" me deixou emocionada, deu até aquela vontade de escapar uma lágrima pelo olho. Aqueles cenários, a melancolia da Elsa, a coragem da Anna e até os momentos fofos do Olaf me emocionaram. É um filme que eu realmente gostaria que a minha irmã se espelhasse, já que ele valoriza o amor fraterno e não apenas mostram garotas submissas loucas por um marido. Sem dúvidas entrou para o hall de "animações favoritas da Alice", junto com Procurando Nemo, Mulan e Enrolados. Quero repetir a dose no cinema e ainda ter logo o DVD em minhas mãos.

E você, já viu "Frozen"? Gostou? Conta aí!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

1/14


Já tô bem atrasadinha pra falar a verdade (como se isso fosse novidade), mas eu decidi ignorar esse detalhe mais uma vez pra colocar o meu plano em prática. Estou tentando deixar o blog mais pessoal, quer dizer, estou tentando deixá-lo do jeito que eu queria há muito tempo, falando de mim, do que eu penso, do que eu faço, do que eu gosto. Bem egocêntrica mesmo, porque eu sou assim mesmo e eu fiz isso aqui é pra falar de mim.

Ok, depois do momento I don't care, deixa eu contar como vão ser esses posts mensais. É bem simples, vou mostrar umas fotos, vou contar o que rolou, o que eu postei e sei lá, de repente eu falo sobre as músicas que eu ouvi e o que eu comprei também. Ou seja, nada demais.

♥ DREAMER ♥ | via Tumblr

2014 começou pra mim em Foz do Iguaçu no restaurante do hotel, com um cantor que abandonou o palco, uns gaúchos que dominaram o microfone e uma carioca desbocada e bêbada na nossa mesa. Não bastasse isso, logo de cara paguei o maior mico do ano. No dia seguinte a gente ficou mofando no hotel porque tava uma chuva danada por lá. Morri de raiva.

Logo no dia dois a gente pegou a estrada pra Maceió. Eu, meu pai, meu tio e minha mãe. Foram uns três dias de viagem, parando pra dormir em Patos de Minas e uma cidadezinha na Bahia que eu não lembro o nome. Eu gosto de estrada, aí eu nem ligo.

Eu estava com mil projetos na minha mente, incluindo aquele velha promessa de dar atenção ao blog. Porém, como o mundo dá voltas, a minha tia encontrou uma casa pra alugar quase em frente à minha. Lá vou eu então ajudá-la com a mudança.

Sé depois disso que eu consegui postar, falei um pouquinho sobre o meu início de ano aqui.
  

Lá vai a vida atrapalhando os meus planos de novo. Ou não. Minha outra tia me chamou para ir passar uns dias numa casa de praia no Francês. Dá pra recusar uma piscininha no verão? Não mesmo.

O mais legal de tudo isso nem foi a piscina refrescante, o legal foi que eu acabei "acampando" pela primeira vez! Quer dizer, como não tinha cama pra todo mundo, eu e a minha prima resolvemos pegar a barraca do meu tio e ir dormir no gramado da casa. Fiquei com um medinho, mas foi suber tranquilo e beeeeem divertido. A parte ruim é acordar molhada de suor e o sol bem na sua cara, ainda assim, quero acampar "de verdade" e de novo.


Quando eu voltei da casa de praia e as coisas se acalmaram mais, eu finalmente consegui postar esse post sobre as minhas comprinhas na Europa, depois de quase dois anos de atraso.


E como não poderia deixar de ser, eu também li. Não muito, na verdade, mas eu estava ocupada e eu sempre demoro mais para ler livros em inglês. Eu gostei bastante de An Abundance of Katherines, vou resenhá-lo em breve.


E como nada é para a sempre, as férias acabaram e eu voltei para a escola. Os professores são os mesmos, as pessoas são as mesmas e a única diferença é que a sala está mais vazia. Como todo ano, tô morrendo de medo de me dar mal. Já vi que o segundo ano não é nada fácil e que química vai continuar me atormentando. Desejem-me sorte.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Crianças e a sua capacidade de entender o amor


"Que falta de respeito! Como as crianças vão entender isso?" Pobre das crianças que sempre são usadas pra justificar as picuinhas dos adultos. Mal sabem eles que as crianças estão pouco se importando com isso, enquanto os pais estão tão incomodados com uma simples história de amor que acaba com um beijinho no final. Assim como o príncipe beija uma defunta desconhecida chamada Branca de Neve no filme da Disney, o príncipe imperfeito beijou o outro príncipe imperfeito no fim de mais uma novelinha global. Simples. Mas pra alguns não.

As pessoas são irônicas e controversas. Dizem que respeitam, mas não aceitam. Falam que eles podem ser gays, mas não podem demonstrar. As pessoas criticam o Feliciano e lei russa contra as demonstrações públicas da homossexualidade, mas quando aparecem dois caras dando um beijinho na TV, dizem que foi desnecessário. Me falta paciência para essa mentalidade das pessoas, para tentar entender essa lógica sem lógica feita pra velar o preconceito.

Não quero que ninguém se torne gay, nem que as pessoas traiam suas crenças nem nada disso. Eu só queria que todo mundo parassem de se preocupar tanto com o outro. Que pelo menos parassem de mimimi e desligassem a TV. Porque as pessoas só querem o carinha gay na novela para ele fazer gracinha, quebrar a munheca e dizer umas piadas. Amar que é bom? Pode não, é feio, é nojento, incomoda, faz dodói.

É claro que a polêmica era esperada. Polêmica gera falatório. Falatório gera audiência. Audiência gera dinheiro. Dessa vez, vou ignorar que por trás disso tudo tinha todo o jogo de marketing da emissora. O beijo veio tarde demais, com alarme demais, mas veio. O ósculo entre o vilão arrependido e o carneirinho que vende peixe cru foi bem mais necessário do que as diversas cenas quentes dos dois casais sem conteúdo que só faziam compartilhar chifres entre si. O que foi estranho pra mim foi que o beijo foi tão romântico para um suposto selinho corriqueiro, que até pareciam que os dois haviam tocado os lábios pela primeira vez. Não tão natural quanto eu gostaria, ainda assim, lindo.

Se alguma criança lhe perguntar o que foi isso, lhe diga que é apenas um casal um pouquinho diferente do que o papai e a mamãe mas que tem a capacidade de amar da mesma forma. Acho que não vai ser tão difícil de entender. Faça o favor de não criar mais uma geração recheada de preconceitos. Não vai acabar com a família, não vai deixar ninguém mais macho ou menos gay que do que já é. A normalidade da coisa só vai ter um efeito: deixar aquele que ama, amar quem quer e demonstrar pra quem quiser, sem medo de ser feliz. Só espero estar viva para ver a utopia acontecer.

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