sábado, 12 de março de 2016

Rock in Rio: Queen + Adam Lambert | #RockinRoad


Ah não, vou ter mesmo que relembrar o show do Queen? Ufa, só espero não chorar. Como descrever? Tentarei ser breve. Foi um show que me despertou muitas emoções. Foi incrível. Ou meio incrível, já que saí na metade. Pois é. Isso aconteceu. Vou te contar como.

Quem é fã sabe a sensação de ouvir os primeiros acordes da apresentação de um ídolo. A última vez que senti algo assim foi com a Beyoncé em São Paulo. No entanto, com o Queen foi diferente. Completamente.

Primeiro porque eu jamais pensaria que veria um show do Queen, que, independente de qualquer coisa, ainda é o Queen. Então me ver lá, prestes a ouvir todas aquelas músicas que eu tanto amo e escuto desde criança foi sensacional. Segundo, mesmo com todos os esforços, essa banda jamais vai ser a mesma que o meu pai ouviu lá em 85 por motivos óbvios. Não tem John Deacon, Brian May e Roger Taylor já não são mais os mesmos e bem... Nem o Adam, nem ninguém, vai fazer jus ao Freddie. Aquele trono ninguém é capaz de ocupar com tamanha maestria.  Mas fazer o quê, se levaram aqueles dentões cedo demais, não é mesmo?

Sabe que antes da cortina abrir com One Vision eu nem sabia quem era esse tal de Adam Lambert? E quer saber? De cara, eu e minha mãe, nos apaixonamos por aquela figura meio drag, meio macho man, meio teatral, muito gato e no meio disso tudo, bem sexy. Olha, eu pegava, viu? Haha. 

Falando sério, só tenho elogios ao Adam. A primeira coisa que notei foi que ele não fez o mínimo esforço em tentar imitar o Freddie, que era justamente o que eu temia. Afinal, eu não saí de casa para ver cover. Em comum a Mercury, só o jeitão exagerado e gay, e ainda assim, em formatos bem diferentes. As interpretações foram ótimas, e na boa, não entendo quem critica. Esperavam o quê, que o Freddie reencarnasse ali, era mesmo?

Até então o show estava esquentando, só começou a pegar fogo mesmo em Killer Queen. Céus, o que foi aquilo? Adam parecia uma deusa no divã com leque e salto alto. Se eu já amava a música, depois dessa performance então... Aí foi só emendar com Don't Stop Me Now e I Want To Break Free para desmunhecar geral mesmo e fazer todo mundo pirar. Depois, chegou a hora desabar.


"Rio, are you in love? I'm not in love. So please can anybody find me somebody to be fucking in love, please. Thank You." Ah não, Somebody To Love. Nessa eu cheguei bem perto de chorar. É uma das minhas músicas favoritas da vida e me mexe de uma forma muito forte. Quando eu era menor, queria até dançá-la com o meu pai na minha festa de debutante, acreditam?

Se Somebody to Love era pouco, a música seguinte era justamente Love Of My Life. Aí, meu coração quase não coube no peito. Se eu não podia estar em 85 cantando com o Freddie, eu daria o melhor de mim em 2015. Brian chegou sozinho na frente do palco, com um banquinho, um violão, e um selfie stick. A maior selfie do mundo para registrar aquele momento épico. Ele estava emocionado, e eu só queria abraçar o velhinho de cabelo legal. Então a música começou e a platéia fez seu próprio show. E eu estava lá no meio, gritando desafinada e louca, chorando de felicidade por dentro e rindo por fora, de olhinhos fechados.

Em seguida, Roger Taylor cantou A Kind of Magic, emendando numa longa batalha de bateria. O primeiro grande erro da apresentação. Em seguida, Under Pressure (R.I.P. Bowie), Save Me (uma das favoritas minha e do meu pai), Ghost Town (haters gonna hate essa música só porque é do Adam, mas eu cantei e dancei loucamente) e Who Wants To Live Forever (toquem no meu funeral).

Se uma batalha de bateria é pouco, imagina um solo de 10 minutos? Sério, Brian, a gente sabe que você é fucking awesome, mas poxa, desnecessário. Foi aí que o sonho virou pesadelo. Deu a louca na prima do meu pai para vir embora e bem, como estávamos juntos, acabou levando todo mundo com ela. Sério. Até hoje não consigo digerir o que aconteceu sem ter muita raiva. Qual é, era o Queen! Ninguém vai embora no meio do show do Queen a não ser por caso de morte. Na hora eu quase não acreditei no que estava acontecendo, mas era real. Pisquei os olhos e já haviam recolhido as coisas e virados as costas.


Dessa vez eu não consegui segurar o choro. E sabe qual o fato mais tragicômico disso tudo? Enquanto encarávamos a multidão no contra-fluxo, o Adam cantava que o show deveria continuar. Show Must Go On. Agora, eu não consigo mais ouvir essa música sem pensar nesse momento. Tudo se encaixou ainda mais quando, ainda enfrentando a multidão, começou a tocar I Want It All. Descrevia completamente o que eu queria dizer. Era como se a própria banda me dissesse: "Vai, fica." Sei que parece loucura, mas eu gosto de pensar assim.

 Anyway the wind blows. Lá fora ainda deu para ouvir Bohemian Rhapsody e doeu pra caramba não estar mais lá dentro. Sei lá quantas vezes já disse isso nesse post, mas essa também é uma das minhas músicas favoritas da vida. Eu chorava e fazia o maior esforço para ninguém perceber. Lá de longe, quase perto do ônibus, ainda senti o chão tremer com We Will Rock You, e fui embora com lágrimas nos olhos ao som de We Are The Champions em fade out.

Valeu a pena? É claro. Melhor meio Queen ao vivo que um inteiro pela tevê. Ainda assim, foi muito frustrante, principalmente por saber que esse momento não vai se repetir jamais. Bom... Já passou. Volto a ouvir as minhas milhares de músicas favoritas da vida no fone de ouvido, no carro, no paredão, na minha voz, na minha mente... e isso de mim ninguém pode tirar.

God Save The Queen.

2 comentários:

  1. Ahhhh que tudo! Nossa você é muito sortuda por ter visto esses shows, quem não iria querer ver o Queen ao vivo?? E o Adam Lambert é foda! Ainda bem que ele não tentou imitar ninguém, né? Ele não precisava disso HAHAHA!
    Ameeeei o post <3 Deu pra sentir sua emoção !
    Beijos,
    #fiquerosa

    Fique Rosa | Meu Canal YT

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    Respostas
    1. Fico feliz por ter gostado do post! E sim, apesar de tudo, me considero bem sortuda por ter visto esses shows, haha. Fico tão feliz com seus comentários, haha. Beijos!

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